Diretor do NF embarca nesta terça na P-55 para discutir projeto de casario com a categoria

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O diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, embarca nesta terça, 4, na plataforma P-55, para conversar com os petroleiros sobre o projeto de casario da unidade. O sindicalista vai detalhar com a categoria os resultados de reunião realizada na última quinta, 30, com a SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), sobre as mudanças pretendidas pela Petrobrás.

Porto explica que o sindicato pressiona pela adoção de um projeto que democratize o espaço a bordo. “É um problema recorrente no Brasil, e talvez um dos grandes causadores da crise que nos assola, essa questão de querer manter diferenciação para classes que têm maior poder na tomada de decisão. Democratizar de verdade só funciona se tivermos modelos de boa ética, e o exemplo da liderança é primordial nesse sentido”, afirma o sindicalista.

Na reunião, a gerência da P-55 apresentou estudos referentes às condições de habitabilidade na plataforma, com informações sobre equipamentos e instalações como ar condicionado, cozinha, lavanderia e sanitários. A empresa se comprometeu a instalar um novo sistema de ar (apesar do antigo contemplar) e salientou que o Sewage (“esgoto”) atual não comporta o aumento do número de trabalhadores da plataforma. As instalações de cozinha e lavanderia atenderiam esta demanda, segundo informações da empresa contratada.

O Sindipetro-NF condicionou a instalação de novas camas nos camarotes à desativação dos MTAs (Módulo Temporário de Acomodação). O objetivo é não permitir que sejam ampliadas vagas no casario e mantidas, mesmo assim, as acomodações provisórias. A entidade reafirmou que concorda com a empresa que é um ganho ter todos os residentes no casario e acabar com o MTA, pois aumenta a democratização do espaço.

O sindicato cobrou, no entanto, que o projeto atenda a uma necessidade de oferta de lazer, de disponibilização de internet liberada para todos os trabalhadores e de divisão dos camarotes de maneira igualitária entre lideranças e demais petroleiros a bordo. “Queremos que a equiparação do espaço seja efetivamente para todos”, explica Porto.

Empresa quer diferenciação

A gestão da P-55 respondeu que não acha viável que coordenadores dividam quarto com os trabalhadores, por causa das características próprias das atividades de sobreaviso que eles cumprem. O sindicato lembrou que diversas outras funções também estão sob sobreaviso — como técnicos de turbomáquina, de segurança e de enfermagem. “Se estes trabalhadores podem dividir camarote com mais pessoas, a coordenação também pode”, disse o sindicalista.

O sindicato orienta os trabalhadores a enviar mais informações sobre as condições de habitabilidade na plataforma e sugestões para o projeto de mudanças no casario. Nova reunião na SRTE está marcada para o próximo dia 12.