O diretor do Sindipetro-NF Marcelo Abraão reafirmou na tarde de hoje, em entrevista à Rádio NF, que o sindicato mantém a pressão junto à Petrobrás e à Cameron para participar das investigações do acidente que matou um trabalhador e deixou quatro feridos na madrugada do último sábado, 6, em Macaé.
“Estamos lutando junto às empresas para participar das investigações, mesmo não sendo os representantes legais dos funcionários da Cameron, que são representados pelo sindicato dos metalúrgicos. Mas, nós do NF temos todo interesse em buscar as causas reais do acidente”, disse o sindicalista.
O acidente aconteceu na base da Cameron, empresa norte americana que fornece equipamentos para o setor petróleo. De acordo com as primeiras informações obtidas por Abraão no contato com as famílias e colegas de trabalho das vítimas, teria ocorrido uma falha durante um teste em um equipamento chamado BOP, que é utilizado para controlar as pressões no interior do poço de petróleo durante a operação de perfuração.
A peça, de duas toneladas, se rompeu e projetou chapas de aço. O trabalhador morto no acidente, Leonardo Cezar Caldas, de 26 anos, era o responsável pelo teste e o que estava mais próximo do equipamento. Os demais atingidos foram feridos pelos estilhaços.
Dos quatro feridos atendidos inicialmente pelo Hospital Público de Macaé, dois estão em estado grave e foram transferidos para o Rio de Janeiro. Um terceiro foi transferido para a clínica São Lucas, em Macaé.
De acordo com Abraão, o sindicato não tem, neste momento, informações sobre o estado de saúde dos feridos. A entidade também aguarda explicações oficiais da empresa sobre o caso.
Homenagem
Durante a plenária final do XV Confup (Congresso Nacional dos Petroleiros), realizado até o último domingo em Manaus, delegações de petroleiros de todo o País realizaram um minuto de silêncio em memória de Leonardo Cezar Caldas.
