Diretoria do NF responde ao e-mail da Baker enviado à categoria

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A diretoria do Sindipetro-NF  publica abaixo suas considerações sobre o e-mail do RH da Baker Huges enviado a categoria no dia 19/04/2017

Não satisfeita com a forma desrespeitosa em não enviar representantes para a última reunião do dia 03/04 e até a data de hoje e em não ter respondido a contraproposta feita pela representação sindical nesta reunião, o Recursos Humanos da Baker Huges continua, em sua forma desrespeitosa, com seu rosário de mentiras para enganar e confundir a categoria sobre as negociações do ACT 2016/2017.

Não obstante à afronta de não negociar com a categoria nas instâncias institucionais, a companhia enviou um e-mail no dia 19/04 que é, no mínimo, um carrossel de mentiras insustentáveis que dificilmente os próprios gestores acreditam.

Assim, no melhor estilo Joseph Goebbels, Ministro da máquina de propaganda da Alemanha Nazista, O RH da Baker tenta contar a mesma mentira mais de mil vezes, para que ela se torne uma verdade: Aquela verdade dos escritórios-bunkers frequentados por uma minoria que se acha acima de tudo e de todos e que tem ódio de peão. Deveriam assim, serem chamados de RECURSOS DESUMANOS!

Bens nada preciosos

A Baker tenta iludir a categoria com suas mentiras ao mencionar, por exemplo, que seus “funcionários são os bens mais preciosos”. Oras, como acreditar em tal fato se o RH sequer responde a uma contraproposta da representação sindical para solucionar as questões referentes ao ACT? Como explicar, então, o desrespeito a decisão da assembleia, onde esses mesmos “bens mais preciosos” decidiram rejeitar tanto a proposta de 7,5% como tambem qualquer rebaixamento de acordo?

A Baker , através de mentiras e distorções, alega que “entende que a assembleia é o meio legítimo para que seus empregados possam deliberar e analisar sobre a proposta” mas não aceita as decisões da assembleia que rejeitou tanto a proposta colocada pelo RH naquele momento, quanto qualquer outra que viesse com rebaixamento e retirada de direitos.

Portanto, é completamente mentirosa afirmação do RH que o Sindicato resolveu, unilateralmente, não convocar assembleias. Porque, se quem votou e decidiu foram os trabalhadores e trabalhadoras presentes, a empresa insiste em não aceitar o resultado? Acaso está o RH a fazer ouvidos mocos para aqueles que considera “os bens mais preciosos”? Tal atitude, demonstra uma postura não só inverossímel, mas também muito incoerente da gestão da companhia.

Para os amigos do rei, tudo!

A Baker tenta, ainda, sustentar-se num abaixo assinado que, além de ter as digitais da gestão explícitas, não é uma instância reconhecida pelo estatuto do SinipetroNF. Vale ressaltar que nesse documento as assinaturas, recolhidas numa folha sem cabeçalho, foram obtidas sob coação de alguns daqueles que detém cargo comissionado e sempre estiveram “pressionados a estarem a favor” de qualquer proposta, mesmo rebaixada. Um abaixo assinado que tem, dentre as suas maiores entusiastas uma funcionaria que recebeu um premio pelo atingimento de uma das metas da PLR (DSO) que foi conquista do acordo coletivo 2015/2016, fruto do esforço de toda uma categoria.

Deixamos aqui bem claro que não há mal nenhum em qualquer trabalhador ou trabalhadora receber qualquer premiação que seja por reconhecimento parte da empresa. Mas cabe mais um questionamento: Afinal, o “bem mais precioso” para o RH são TODOS os funcionários ou uma meia dúzia de apaniguados? Se é verdade que são todos, como o RH escreve no e-mail aos funcionários, que tal estender, ou mesmo dividir, o prêmio para todos os trabalhadores e trabalhadoras da Baker Huges do Brasil, que foram juntos os responsáveis tanto pela conquista quanto ao atingimento das metas?

Mais do que provado em e-mail enviado pela representação sindical no dia 18/11/16 e ata de assembleia, as decisões do dia 17/11/16 estão gravadas tanto na memória dos que compareceram a mesma quanto no celular de alguns que ali estavam, a serviço do RH, para repassarem a empresa as manifestações da categoria. Aquela mesma meia dúzia de apaniguados que recebem seus prêmios individuais e que está ao lado do RH para tentar fazer descer goela abaixo da categoria um acordo coletivo rebaixado.

Recursos perversos e desumanos

Não se pode mentir para todos, a todo tempo. O RH da Baker Huges, esconde por exemplo, que impõe a uma parte de “seu bem mais precioso” escalas de trabalho offshore indignas e extenuantes, onde não se respeita a lei 5811/72, que prevê escalas de 14 dias de trabalho offshore e 14 dias de descanso nem muito menos a lei 605/49 que preconiza o gozo imediato das folgas suprimidas ou o pagamento em dobro das mesmas. Esconde também que para estes não reajusta os valores dos bônus (diárias de embarque)conforme reajustes de salários e benefícios conquistados e que ele sim, o RH, de forma unilateral, sem sequer trazer a luz do debate do ACT, cortou o valor dos bônus offshore em 30% e ainda quer retirar o bônus do dia do desembarque.

Como esconder por exemplo o acidente do dia 21/02/2017, na embarcação Normand Maximus, na Bacia de santos, que ceifou a vida de um jovem pai de família e feriu outros quatro trabalhadores? Certamente, não é desta forma com que devem ser tratados os “bens mais preciosos”.

Perguntas que não vão calar

Ou será que o bem mais precioso é, na realidade, o Capital e aqueles rentistas que investem na empresa? Ou aquele bocado de gerentes internacionais iluminados que receberão juntos 113 MILHÕES DE DÓLARES, quantia paga pela fusão com a GE, denominada pára-quedas dourado? Por que não aceitar logo a contraproposta feita pelo sindicato no dia 03/04/17? Por que no ano passado teve dinheiro, 750 MILHÕES DE DÓLARES, para recompra de ações na bolsa americana e não tem mais 1,8% para quem a empresa diz considerar ser o seu “bem mais precioso”?

Assim, como acreditar que “seu intuito sempre foi evitar maiores prejuízos aos funcionários” se o RH não respeita as decisões da categoria e tenta fazer passar uma proposta que impõe um prejuízo de quase 2% nos vencimentos da categoria?

Como explicar, ainda, que aqueles que se dizem “estarem abertos a conversar” se não se dignam ao menos em responder uma contraproposta que está a mais de 15 dias corridos sem resposta por parte do “zeloso” RH?

A porta do NF sempre esteve aberta

Já que a Baker tem o intuito de evitar maiores prejuízos para a categoria e diz-se aberta a conversas, estamos convocando uma nova rodada de reuniões para o dia 26/04/17 para que a empresa responda a última contraproposta. Reiteramos ainda que, caso o RH da Baker Huges deseje, estamos a disposição para debatermos o ACT 2016/2017 nas suas bases na cidade de Macaé, tendo como plateia aqueles e aquelas que são considerados os seus “bens mais preciosos”.

Macaé, 19 de Abril de 2017.

Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF