Diretoria do Sindipetro-NF se reúne com GG da UO-Rio

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O Sindipetro-NF esteve reunido Gerente Geral da UO-RIO, que estava acompanhado do RH da empresa, na última quarta, 8, para cobrar transparência na gestão, que está promovendo transferências e desimplantes de petroleiros de luta que sempre estão nos movimentos paredistas, na prática, funciona como instrumento de perseguição. Mudanças nos locais de trabalho estão sendo feitas como forma de punir trabalhadores, especialmente lideranças de base.

A entidade foi representada na reunião pelos diretores Tezeu Bezerra e Norton Almeida. Eles levaram às gerências relatos de todos os casos recebidos pelo sindicato, que são tipicamente situações de perseguição. Foram listadas ocorrências em unidades como P-38, P-40, P-43, P-48, P-50, P-51, P-52, P-53, P-54, P-55 e P-56.

Os sindicalistas demonstraram os casos de punições indevidas e as consequências dessa política para a ambiência, para a saúde psicológica dos petroleiros e para a segurança no trabalho.

“Não estão tendo respeito com os trabalhadores. Estão reduzindo as equipes, colocando pessoas em disponibilidade em um efetivo que já está baixo por causa do PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário). Avisam para o trabalhador que ele está disponibilizado e, se ele não tiver para onde ir, é desimplantado”, protesta Bezerra.

O diretor contesta argumento da empresa, apresentado na reunião, de que estaria ocorrendo uma “oxigenação” das equipes. “Se fosse esse o caso, os trabalhadores poderiam ser transferidos entre as plataformas da própria UO-Rio, e a partir de um programa transparente, com regras e propósitos claros. Não é o que está ocorrendo”, afirma. 

Tezeu lembra também que “Ocorreu um caso na P-56, onde um engenheiro de base embarcou para ficar no lugar um operador de área que estava faltando e em outra ocasião um operador de sala de controle remoto de terra embarcou para também suprir a falta de outro operador de área, resumindo, como pode querer reduzir efetivo na operação, onde claramente faltam operadores?”

Também foi pontuado, na reunião, o problema do projeto de remodelação dos camarotes da P-55, denunciado pelo sindicato e trabalhadores como sendo lesivo à habitabilidade. O caso está sendo discutido com a intermediação da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego).

Outro assunto que teve resolução cobrada pelo sindicato foi a do aumento da terceirização em diversas atividades da empresa, entre elas a manutenção. Funções como as de TLT (Técnico de Logística e Transporte), Almoxarifes, automação, elétrica, entre outras, estão deixando de ser feitas por trabalhadores da Petrobrás para ser entregues a empresas contratadas.

A entidade também condenou a adoção da prática do “operador mantenedor”, considerada absurda pelos sindicalistas. Os diretores denunciaram que esta política já foi adotada na empresa nos anos 90 e início dos anos 2000 e o resultado foi o aumento acentuado da insegurança, o que levou a centenas de acidentes graves, entre eles a tragédia da P-36, em 2001.

Uma nova reunião entre o sindicato e a gerência da UO-Rio ficou de ser agendada para breve, para que os representantes da gestão da companhia apresentem respostas às cobranças feitas pela entidade.

 

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