Dirigentes são presos na tentativa de participar de Audiência contra a entrega do pré-sal

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Na manhã desta terça, 9, diretores do Sindipetro-NF, sindicatos petroleiros, FUP e militantes de base realizaram um ato para esclarecer a população sobre a tentativa de entrega do pré sal. Munidos de faixas e cartazes fizeram um movimento pacífico no Aeroporto de Brasília.

Em seguida se dirigiram para a Câmara dos Deputados como o objetivo de participar de uma Audiência Pública na Comissão Geral está sendo discutido o projeto que retira da Petrobrás a obrigatoriedade de ter participação mínima de 30% da exploração dos poços do pré-sal. Para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos petroleiros, trata-se, na prática, de entregar o pré-sal às multinacionais.

Prisão de dirigentes

Durante a tentativa de participação na Audiência os dirigentes sindicais Claudio Nunes do Sindipetro-NF e Gustavo Marsaioli do Unificado de São Paulo foram presos. Segundo o Coordenador do Sindipetro-NF, Marcos Breda, a polícia Militar agiu de forma truculenta. Os dois foram levados para a Coordenação de Polícia Judiciária por ter ocorrido na entrada da Câmara dos Deputados.

“Estamos muito revoltados porque até o momento os trabalhadores ainda permanecem algemados, apesar da insistência de nossos advogados” – denuncia Breda. Após o término da audiência, os trabalhadores decidiram permanecer no plenário até que os dirigentes presos sejam soltos.

O Debate

O debate foi proposto pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que é contra o projeto de lei PL 4567/16, originário de um projeto de José SerraZarattini defendeu em Plenário que o projeto é o início do desmonte de toda a legislação que criou o atual sistema de partilha de exploração de petróleo. Segundo ele, ao tornar facultativa a participação da Petrobras na exploração do pré-sal, o projeto confere ao governo federal a decisão de abrir ou não para a exploração de determinados campos por empresas estrangeiras.

“Essa será uma decisão governamental. Se o governo tiver a predisposição de abrir a exploração para outras empresas, a Petrobras não exercerá a opção de participar. Ou seja, ela perderá o controle e o conhecimento dos campos de pré-sal e também deixará de renovar seus campos”, sustentou Zarattini.

O Coordenador da FUP, José Marial Rangel, pode falar no plenário onde defendeu a Petrobrás e o pré-sal. Uma das sugestões que apareceram durante o debate é a de realização de um plebiscito para que a população diga o que quer de nosso petróleo e do pré-sal.

Assista a transmissão ao vivo pelo link http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/aoVivo.html.

[Com informações da Agência Câmara]