A Petrobras volta a dez anos atrás e começa a cortar a partir de hoje, 1 de novembro, o acesso à internet, webmail, redes sociais, sites para armazenamento de arquivos online e ate acesso a computadores de todos os trabalhadores do sistema. Também está proibido o uso de dispositivos de armazenamento removíveis, tais como pendrive, HD externo, CDs, DVDs e cartões de memória. Os arquivos salvos na rede ou nos computadores Petrobras não poderão ser copiados para estes dispositivos.
A informação foi recebida pelo sindicato no momento que realizava um ato no Aeroporto de Macaé. A empresa alega que as restrições de comunicação são por motivo de segurança. Na visão do NF trata-se de uma restrição de direitos, que atinge os petroleiros de Norte a Sul do país, mas principalmente àqueles que trabalham em plataformas e unidades marítimas que ficam dias distantes.
Tal determinação fere anexo 2 da NR-30, item 10.5.6.1 sobre o bem estar a bordo que diz que “Nas plataformas devem existir meios e instalações para proporcionar condições de bem-estar aos trabalhadores a bordo…” E que cita o acesso à internet.
O diretor do NF, Tadeu Porto afirma que o sindicato irá tentar reverter essa decisão da empresa, que se trata de mais um pacote de maldades do Governo Temer, através das mãos do presidente da empresa, Pedro Parente. “Quando a Petrobrás bloqueou o acesso à internet, a Presidente Graça Foster voltou atrás e liberou por entender que ninguém faz melhor a defesa da Petrobras do que seus trabalhadores. Agora sabemos que esse bloqueio não tem nada a ver com a auditoria realizada pela PWC. Usam isso como desculpa para cortar o acesso à comunicação dos trabalhadores nesse momento extremamente difícil em que a categoria precisa fazer o debate com a sociedade. Nós vamos correr atrás utilizando o anexo 2 da NR-30 e medidas de cárcere privado para poder bancar mais essa nova pancada de maldades da Petrobrás” – afirma Porto.