Documentário sobre Samba na Praça será lançado no Dia da Consciência Negra com o apoio do Sindipetro-NF

O próximo domingo, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, será comemorado de uma forma especial. Além da realização do tradicional Samba na Praça do Jardim do Liceu, em Campos dos Goytacazes, a data será marcada pelo lançamento do documentário “Terceiro Domingo: A história do maior e mais democrático projeto cultural de Campos dos Goytacazes”, realizado pela produtora campista Arco Filmes.

O curta será lançado em uma “sessão de cinema”, que exibirá o filme para o público presente num telão que será montado na praça pelo Sindipetro NF. O documentário também será exibido numa TV instalada no local durante toda a apresentação do Samba na Praça.

Com o apoio do Sindipetro NF, que também patrocina o Samba na Praça, o filme retrata não só a forma como o evento é realizado e curtido por integrantes e público, como também conta parte da história de grandes sambistas de Campos e discute a ausência de políticas culturais para fomentar o gênero.

“Buscamos contar as histórias não apenas do evento, incluindo músicos, ambulantes e público fiel, como também do Morrinho, berço do samba campista, e de músicos consagrados no Brasil e no exterior. É curioso que algumas músicas do repertório do Samba na Praça sejam de campistas, que inclusive viveram nos arredores do Liceu, mas não são identificados por muitos conterrâneos”, contou o jornalista Hugo Soares, apresentador e diretor da Arco Produções.

Para o Sindipetro-NF, é uma honra poder contribuir para o desenvolvimento de ações sociais, culturais e de resistência, que fazem a diferença na vida da sociedade.

Para quem não puder acompanhar o lançamento, o documentário estará disponível gratuitamente para o público em geral a partir de segunda-feira (21/11), no canal do Sindipetro NF no Youtube.

Sobre o documentário:
Com cerca de 20 minutos, o documentário começa pela história dos trabalhadores ambulantes que, desde o início, ajudaram a fazer o evento, inclusive com doações aos responsáveis pela roda.Há ainda relatos curiosos como o músico que chegou a dormir na praça para não perder a hora do samba, depois de passar a madrugada cantando em shows pela cidade.

Criado como uma reunião descontraída de amigos, o evento transformou-se num dos maiores projetos culturais e sociais de Campos, graças à iniciativa de arrecadar alimentos que são doados a instituições filantrópicas. O projeto, que acontece há sete anos, também entrou para o calendário cultural oficial do município. Entre as histórias do público que compõem os sete anos de Samba na Praça estão comemorações de aniversários,despedidas de solteiro e até batizados.

O filme também exalta a importância histórica de sambistas consagrados no cenário nacional e internacional, como Wilson Baptista, Joel Teixeira, Delcio Carvalho, Assis Valente e Roberto Ribeiro – que passou a infância nos arredores da própria praça –, além de campistas que marcaram a história do samba e do carnaval na cidade, como Jorge da Paz de Almeida.

“O Samba na Praça é uma revolução do não fazer nada, é um grito da cultura de Campos. O povo vai pra lá não só pra sambar e curtir: vai dar o seu grito de liberdade cultural”, afirma o músico João Damásio, representante do Morrinho, durante o documentário.