O Sindipetro-NF disponibilizou dois ônibus para que companheiras e companheiros dos assentamentos e acampamentos da região participem da 5ª Marcha das Margaridas. No dia 10 de agosto, um ônibus sairá às 9h em frente ao Sindipetro-NF, sede Campos e outro, às 10h, da sede de Macaé. O retorno acontece no dia 12 de agosto para as cidades de origem.
As inscrições já aconteceram com os assentamentos e acampamentos que participaram da Plenária da Marcha das Margaridas ocorrida em 26 de junho, no teatro do Sindipetro-NF. “Os ônibus partem com 90 trabalhadoras e trabalhadores rurais e também com a juventude, alunas da UFF de Campos” explica a diretora do sindicato, Conceição de Maria.
A marcha acontece nos dias 11 e 12 de agosto em Brasília. A pauta da marcha reúne as demandas das mulheres do campo, cidade, floresta e das águas. É o resultado coletivo em forma de texto dos anseios de milhares de mulheres, construída depois de muitas reuniões, debates, encontros e Jornadas, sempre na perspectiva de conquistar um mundo justo, igualitário, democrático. Onde todas (os) possam se alimentar com saúde, trabalhar com dignidade, ter uma vida repleta e feliz, como é direito de todas (os) nós. A versão revisada e ampliada do documento foi entregue para o Governo Federal no dia 3 de julho.
Os eixos da Marcha são:
Eixo I – Biodiversidade e democratização dos recursos naturais
Eixo II – terra, água e agroecologia
Eixo III – soberania e seg. Alimentar e Nutricional
Eixo IV – Autonomia econômica, trabalho e renda
Eixo V – Educação não sexista, sexualidade e violência.
Por que Marcha das Margaridas?
A Marcha é em homenagem à Margarida Maria Alves paraibana, ativista e sindicalista brasileira, foi presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de sua cidade natal, fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Era a filha mais nova de nove irmãos, sua atuação como presidente do sindicato se deu no período da ditadura militar.
Margarida Alves foi assassinada, em 12 de agosto de 1983, por um matador de aluguel com uma escopeta calibre 12. Os assassinos estavam ligados a fazendeiros que se julgavam atingidos por suas constantes denúncias. O tiro a atingiu no rosto, deformando sua face. No momento do disparo, ela estava em frente à sua casa, na presença do marido e do seu filho.