Edisp: será início de uma série?

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Do boletim Nascente – O anúncio feito pela Petrobrás de que será fechada a sede administrativa da empresa em São Paulo, o Edisp, deixou em alerta toda a categoria petroleira no País. A FUP e o Sindipetro SP pressionam a companhia a rever a decisão ou a reduzir os impactos negativos sobre os 400 trabalhadores diretos que serão transferidos ou “estimulados” a se desligarem da empresa. O Sindipetro-NF está pronto para regir a qualquer tentativa semelhante na base do Norte Fluminense, além de prestar solidariedade e estar junto nas mobilizações chamadas para enfrentar o desmonte do Edisp.

“É um absurdo! A isso eles têm chamado de nova era. É a nova era que vem para destruir os trabalhadores e entregar a Petrobrás. Estamos juntos”, disse o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, em vídeo de apoio aos companheiros de São Paulo.

Áudios de uma reunião entre o gerente executivo de Gestão de Pessoas, Cláudio Costa, e trabalhadores do Edisp mostram a frieza da gestão da empresa para anunciar uma decisão que impactará a vida de milhares de trabalhadores, considerando-se também os empregados terceirizados.

“Dá para absorver todo mundo? Não dá. Algumas pessoas não ficarão na companhia. Dá para absorver todo mundo que aqui está? Não, algumas pessoas não ficarão. Algumas vão poder decidir por escolha própria não permanecer na companhia […] Ficará em São Paulo aquilo que é essencial”, disse Costa aos trabalhadores.

Na tarde de ontem, trabalhadores do Edisp estiveram reunidos para definir as formas de luta contra o desmonte da base. Na última segunda, 25, a Petrobrás havia atendido a pedido do Sindipetro Unificado de SP e recebeu o coordenador geral do sindicato, Juliano Deptula, os diretores Felipe Grubba e Alexandre Castilho e o coordenador nacional da FUP, José Maria Rangel, para discutir a situação da transferência dos funcionários.

O Unificado tem denunciado a criação de um clima de terror entre os trabalhadores, “dizendo que a empresa não tem mais interesse no refino, que muitas unidades de São Paulo serão fechadas, que haverá enxugamento de pessoal e quem não estiver no Rio de Janeiro não tem garantia nenhuma. Ou seja, enquanto na frente dos dirigentes sindicais, representante da Petrobrás se compromete ao diálogo e busca de soluções menos traumáticas, pelas costas, a Gerência Executiva ameaça diretamente os trabalhadores”.

[Nascente 1080]