Editorial do Nascente: A esperança vai vencer o ódio

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Trabalhadores e trabalhadoras mais conscientes perceberam que a grande missão nestas eleições é de restaurar a democracia no País. O acirramento do ódio, a banalização da injustiça, a criminalização dos pobres — sobretudo quando negros e negras nas periferias —, e até traços que não eram comuns no Brasil, como a xenofobia, mergulharam a sociedade brasileira deste pós Golpe de 2016 em um caminho perigosíssimo, já trilhado por outras nações, rumo ao fascismo.

Os atentados à Caravana Lula, o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a facada em Bolsonaro, os ataques quase diários a militantes sociais, os tiros de borracha em um candidato do PT a deputado estadual no Paraná, a detenção nesta semana de uma advogada negra em pleno exercício da profissão… são tantos os descalabros, perigosamente naturalizados, que nenhum cidadão ou cidadã, minimamente responsável, pode omitir-se.

Faz parte ainda desse pacote de ações que esgarçam a democracia a prisão injusta e política, como entendida até pelo Comitê de Direitos Humanos da Onu, do ex-presidente Lula. Trata-se de uma forma clara de tentar silenciar a vontade da grande maioria do eleitorado brasileiro que gostaria de vê-lo novamente na Presidência da República.

Os ataques à democracia são sempre ataques ao povo, que está na raiz do próprio termo (demo). E não por acaso este cenário golpista no Brasil também está tomado por uma agenda anti-popular, de reformas que cortam direitos, de medidas que congelam investimentos sociais, de adoção seletiva do discurso da austeridade fiscal.

Por isso, o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos petroleiros, representantes de uma categoria briosa, politizada e ciente da sua importância estratégica, não vão ficar em cima do muro. Nestas eleições, após o anúncio oficial da substituição da candidatura de Lula, na última terça, 11, estas entidades, assim como a CUT, apoiam a candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República, com Manuela d`Ávila como vice, que significa a retomada do projeto de País iniciado pelos governos Lula.

Pelo Brasil, pela Petrobrás, pelo pré-sal, por um País que tem o direito de sonhar com dias melhores.

[Nascente 1057]