Editorial do Nascente: Aposentômetro: conheça e divulgue

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Ferramenta criada pela CUT e pelo Dieese, o Aposentômetro (aposentometro.org.br) vai ajudar no alerta à população sobre o tamanho do golpe que querem aplicar na Previdência. É preciso divulgá-lo muito para contribuir na mobilização contra a reforma. Quando o peão vir o seu caso específico poderá se sentir mais estimulado a entrar na briga. Isso é vital neste momento em que o País está espanando as cinzas do Carnaval para voltar à rotina de arrocho e precarização.

Ainda vai levar um tempo para que a população perceba que as denúncias sobre os ataques contra os direitos trabalhistas e previdenciários não são “mimimi de petistas” ou “dos petralhas que quebraram o País”. Infelizmente, estas noções foram fortemente massificadas pela grande mídia e dissipá-las será um trabalho muito lento. Todo argumento, agora, que questione ações do governo Mishell enfrenta na cabeça do interlocutor médio essa espécie de vacina inoculada pela Globo e congêneres.

Mas o ataque aos direitos é violento, capaz de produzir retrocessos de várias décadas, e a reação a ele não pode esperar que a verdade sobre estes nossos tempos encontre melhor terreno para ser semeada. O trabalho de esclarecimento e conscientização tem que ser para ontem, imediato, e com dados muito claros para que todos compreendam.

Daí a importância de um instrumento como o Aposentômetro. Ele desperta a curiosidade de qualquer trabalhador em conhecer qual a expectativa de aposentadoria, quanto tempo falta de contribuição ou com qual idade poderia se aposentar. A consulta é muito fácil.

Quando o trabalhador ou a trabalhadora percebe a sua situação real, quando vê que precisará de oito, nove, dez anos a mais de trabalho ou de contribuição para conseguir uma aposentadoria integral, pela PEC do golpe da Previdência, aí fica mais claro o que estão fazendo: tirando dos pobres para dar para os ricos.

O potencial de mobilização decorrente desta constatação precisa ser capitalizado por todos aqueles que, não é de hoje, lutam por justiça social, com crescimento econômico baseado na inclusão e não em concentração de renda. Vamos todos divulgar o Apotentômetro e alertar para o que realmente quer Mishell e sua gangue: acabar com a Previdência Pública para alimentar um fabuloso mercado privado no setor.

 

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