Editorial do Nascente: Diretas por direitos já

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Duas pautas que se cruzam nesta edição do Nascente precisam de atenção especial da categoria petroleira: uma, diz respeito à organização da Greve do próximo dia 30, chamada pelas Centrais Sindicais. Outra, anuncia a realização do 13º Congrenf (Congresso Regional dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense). Ambas estão inseridas em um contexto de enfrentamento aos golpes contra os trabalhadores, dentro do espírito resumido na bandeira “Diretas por direitos”.

Desde o momento em que elege delegados e delegadas ao Congrenf, a categoria está construindo a sua Pauta de Reivindicações e a sua estratégia de defesa e ampliação de direitos. É uma forma de luta, de resistência, contra a contínua pressão do Capital pela precarização do trabalho, formação de exército de reserva, redução de salários e de “custos” com benefícios e segurança.

Cada tijolinho é fundamental para a concretização da obra. Não é possível dissociar o empenho individual de uma liderança que, no local de trabalho, estimula os colegas a realizarem uma assembleia, como as que ocorreram nas últimas semanas, das lideranças sindicais que estão nos aeroportos, nas manifestações, na pressão sobre o Congresso. É uma corrente classista que não pode ser rompida. No Congrenf, estes elos se materializam pela atuação dos delegados e delegadas.

Com a construção de uma nova Greve Geral não é diferente. Os trabalhadores viram, nesta semana, por diferença de um voto no Senado, o quanto vale a pena pressionar para pôr empecilhos a cada frente do golpe que se coloca. Foi uma barreira importante erguida contra a Reforma Trabalhista em uma comissão, essencial em termos formais de tramitação e em termos simbólicos, mostrando que não é tão fácil como pensam passar o trator sobre direitos conquistados por décadas e décadas.

Tudo isso mostra que, além de ser preciso, é produtivo lutar. Dá resultado estar em sintonia com a causa correta. Ainda que não vencendo todas as batalhas, mas com a recompensa de estar cumprindo um dever ético, atuando do lado certo da história, brigando por inclusão, por justiça, por democracia, respeito e dignidade para todos, e não apenas para alguns privilegiados.

Vamos lutar no Congrenf, vamos lutar na Greve, vamos lutar em todas as frentes. A história é a gente quem faz. Diretas por direitos já!

 

[Nascente 997]