As negociações do aditivo para o ACT 15/16 marcaram o início de uma velha nova era que os petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense estão prestes a viver: a luta contra zumbis do neoliberalismo prontos a atacar as conquistas da categoria.
Em meio a disputa arduamente difícil, com direito a assédios e punições em ampla escala, um ato chamou a atenção de todos na última assembleia das bases administrativas, no EDINC: um petroleiro segurava um bonequinho pejorativo ao primeiro e único presidente operário que esse país já teve: Lula.
É simbólico que isso tenha ocorrido num país que ainda duvida do Golpe que sofreu, mesmo com um áudio explicando exatamente o que iria ocorrer e um “acidente” que matou um juiz que ia julgar mais de 200 políticos.
A alienação que cega o povo brasileiro a ponto de aceitar o congelamento de investimentos sociais por 20 anos é o mesma que assola pequena parte da categoria petroleira que se deixa levar pelo canto da sereia da direita nacional, que quase privatizou nossa empresa com o nome de PetroBrax.
Vale relembrar, que essa negociação começou com uma carta do presidente usurpador Pedro Parente dizendo que os ganhos acima de 50% da inflação entre 2003 e 2015 não iriam mais acontecer. Ou seja, no Golpe de Temer/Parente não cabem as diversas conquistas que a década nacional desenvolvimentista de um governo dos trabalhadores trouxe aos petroleiros.
Não somente os ganhos reais, mas também ajustes mais justos na PLR, conquistas como o benefício farmácia, o ATS, o avanço salarial que furou a política dos amigos do rei no GD e os milhares de empregos diretos gerados nos últimos anos hoje estão ameaçados por aqueles que perseguem injustamente o ex presidente presidente que quadruplicou a participação da Petrobrás no PIB nacional.
Alguém que vira as costas para as inquestionáveis conquistas que impulsionaram a Petrobrás nos últimos anos – o Pré-Sal não foi descoberto a toa e é fruto da motivação e reconhecimento dos petroleiros – automaticamente se une aquela gestão que atacou os direitos da categoria na década de 90 para sucatear a empresa e privatiza-la com o nome de PetroBrax.
O Sindipetro-NF convive pacificamente com as diversas ideologias que compõem a categoria petroleira, mas nunca se furtará da responsabilidade de discutir a conjuntura nacional com coerência e verossimilhança. Por isso, assumimos abertamente o debate que explica, em síntese, que essa perseguição ao presidente Lula é a mesma que vai perseguir, atacar e retirar os nossos direitos se não lutarmos contra isso.