Editorial do Nascente: Primeiro de maio nas praças

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Do boletim Nascente 937

Em abril de 2015, embora o País já se encontrasse em meio a este bombardeio da mídia e dos setores conservadores da política, muita gente ainda não havia acordado para os riscos reais de redução de direitos trabalhistas e sociais, e nem mesmo para o quanto o golpe era iminente. A CUT chamou mobilizações de primeiro de maio tendo como pauta a “defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobrás e da reforma política”, e agora, passado um ano, vê-se o quanto esses temas são urgentes.

Neste abril de 2016 estão mais nítidas as manobras golpistas contra o povo, que incluem a retirada de uma presidenta eleita, a desmoralização da esquerda, a criminalização dos movimentos sociais e a implantação de uma agenda no Congresso de sucessivos cortes de direitos trabalhistas, benefícios sociais e ataques às minorias.

Se ainda restava alguma dúvida sobre o quanto os trabalhadores estão sob ameaça, a votação da tentativa de golpe, no último dia 17, na Câmara Federal, escancarou os posicionamentos reacionários da maioria dos parlamentares e a afastou por completo. Está claro que, com aquele tipo de representantes, capitaneados pelo reacionário chefe Eduardo Cunha, o povo trabalhador será vítima de um pacote de medidas que procurarão concentrar renda e ampliar privilégios da elite.

Por isso, estes dias que antecedem a um novo 1º de Maio devem ser de muito convencimento entre amigos, colegas de trabalho e familiares, para que todos se unam nas manifestações programadas para o Dia do Trabalhador e para todas as demais que estão por vir.

Na região, haverá atividades do Dia do Trabalhador no sábado em Macaé (Praça Veríssimo de Melo, 9h), e no domingo em Campos dos Goytacazes (Praça do IPS, 9h) e Rio das Ostras (Concha Acústica, 16h). Todas com atrações culturais e conteúdo político.

Com o povo na rua, não vai ter golpe.

 

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