Efetivo reduzido das plataformas de Vermelho 1, 2 e 3 causa insegurança e sindicato orienta aos operadores não trabalharem a noite sozinhos na área

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

O sindicato desde a quinta, 12, vem cobrando que a Gerência Operacional das vermelhos solucionem o impasse que a falta de efetivo vem causando nas unidades. O RH da UO-BC reconheceu que não é  adequada a situação de um único operador na área, exatamente por uma questão de segurança. Apesar disso, só foi solucionada, até o momento, a situação da plataforma de Vermelho 3 e hoje a noite, novamente os operadores se exporiam sozinhos em Vermelho 1 e 2.
Diante disso, o sindicato decidiu indicar que nenhum operador aceite trabalhar sozinho na área nas duas unidades,  até que a Petrobras providencie outro operador para o trabalho em dupla. Outras unidades que tenham situação semelhante devem informar o caso ao sindicato.
 “Sendo evidente que a permanência de apenas um operador de produção durante a noite expõe todos os trabalhadores da plataforma respectiva a risco grave e eminente de um acidente industrial ampliado, aplica-se ao caso a previsão legal da Convenção 174 da Organização Internacional do Trabalho (Artigo 20, letra “e”), o conteúdo da NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego (item “9.6.3”) e a Cláusula 121 do Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás. Devem, então, ser paralisadas as atividades, e imediatamente comunicado o gerente respectivo da Petrobrás e o Sindipetro/NF” – comenta o assessor jurídico do sindicato, Normando Rodrigues.
O processo de redução de pessoal nas plataformas do pólo nordeste foi implementado pelo ex-gerente da área Pavesi, fazendo enxugamentos que levaram a situação inusitada de um único almoxarifado para várias plataformas e pessoal da hotelaria acumulando funções de cozinheiro e padeiro . O objetivo era “economizar”, sem responsabilidade com segurança ou saúde dos trabalhadores. O mesmo aconteceu com a operação e manutenção das plataformas daquela região.
O sindicato tem insistindo na necessidade de realizar estudo de efetivo abrangente em toda a Bacia de Campos começando pelo pólo nordeste. Em uma reunião com o RH, a empresa apresentou o efetivo em comparação com os números do PEO (Plano de Excelência Operacional). Porém, apesar de já ter identificado e admitido que existem deficiências de pessoal nessas unidades, o problema ainda não foi resolvido, causando seguidas situações de falta de pessoal. As gerencias a bordo das unidades não estão dando a atenção a esse problema chegando a afirmar que mesmo que tenham operadores disponíveis manterão somente um operador a noite. Mais uma vez fica evidente o pouco caso com a segurança dos trabalhadores.