O diretor do Sindipetro-NF (Sindicato dos petroleiros do Norte Fluminense), Tadeu Porto, manteve contato na tarde de hoje, no Edihb (Edificio Horta Barbosa), no Rio, com o petroleiro Randerson Gomes, um dos trabalhadores que sofreram queimaduras no acidente em um painel elétrico da plataforma P-56, na última quarta-feira, 20.
O sindicalista testemunhou o abalo sofrido pelo petroleiro e a extensão dos seus ferimentos. De acordo com o dirigente sindical, “é uma crueldade desumana manter o trabalhador em uma sede administrativa da empresa, quando deveria estar em casa e em tratamento para se recuperar”.
Randerson sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus nos punhos, no ombro direito e no lado direito do rosto. Depois de desembarcado, a Petrobrás exigiu que o petroleiro continuasse a trabalhar em uma base de terra.
Morador de Volta Redonda, Randerson poderá viajar para visitar a família no final de semana, mas, se depender da companhia, deverá estar novamente no escritório na segunda, 25, assim como o outro petroleiro que também sofreu queimaduras no acidente, Marcus Vinicius Rocha de Almeida — que teve a mão direita atingida.
“Conversei com o Randerson. Vi que ele está muito abalado e não tem condições de trabalhar”, afirma Porto.
O Sindipetro-NF fez contato hoje com a gerência de Recursos Humanos da Petrobrás e cobrou o afastamento do trabalho dos dois petroleiros (aqui). Até o final da tarde de hoje, a empresa não havia dado resposta à entidade.