Todos os petroleiros da ativa que participam dos Planos Petros e Petros-2, assim como os aposentados e pensionistas, devem estar atentos nos próximos dias para não ficarem de fora do processo eleitoral que escolherá seus representantes para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros. A eleição começou nesta terça-feira, 07, e segue até o dia 29 de abril. É fundamental participar, votando em candidatos comprometidos com as lutas da categoria, para impedir que aventureiros de plantão coloquem em risco o futuro do segundo maior fundo de pensão do país.
Estão em disputa uma vaga no Conselho Deliberativo e outra no Conselho Fiscal. Esta eleição é estratégica para consolidação dos avanços já garantidos pelos trabalhadores do Sistema Petrobrás, principalmente após a repactuação do regulamento do Plano Petros. Os candidatos apoiados pela FUP e seus sindicatos têm por compromisso a defesa dos direitos e interesses dos participantes e assistidos e, como tal, lutarão para ampliar as conquistas previdenciárias da categoria.
Para Conselho Deliberativo, vote 12 – Cláudio Alberto (RJ) e Itamar Sanches (SP). Para Conselho Fiscal, vote 33 – Paulo César Martin (BA) e Iranildo Germano (RN).
Informe-se sobre os candidatos e seus programas de trabalho, acessando a página da FUP www.fup.org.br e aproveite para esclarecer dúvidas sobre como votar.
Divisionistas tentam golpe eleitoral
Dois meses e meio após a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) ter aprovado as alterações no regulamento do Plano Petros, que asseguraram aportes de mais de R$ 6 bilhões para o plano e os benefícios da repactuação, as associações e sindicatos dissidentes colocam novamente em risco todas as conquistas garantidas na luta pela categoria.
Às vésperas da eleição, para criarem um fato político que os colocasse em evidência, os candidatos apoiados pelos divisionistas ingressaram com mandado de segurança com pedido de liminar para suspender a decisão da SPC. Mais uma vez, voltam a fazer terrorismo judicial com os participantes e assistidos do Plano Petros, que na sua ampla maioria (73%) conquistaram os benefícios garantidos pela repactuação. É fundamental derrotar estes irresponsáveis nas urnas, votando nos candidatos apoiados pela FUP.
Greve reforçou importância da reconstrução da unidade
Após a divisão imposta pelas direções sindicais que se desfiliaram da FUP, os petroleiros viveram na greve de março uma experiência que foi decisiva para a vitória do movimento: a reunificação. Durante cinco dias, as lideranças sindicais e os trabalhadores estiveram unidos, deixando de lado divergências políticas, para buscarem na luta e na negociação conjunta com a Petrobrás o atendimento dos pleitos da categoria. Foi a primeira greve de muitos petroleiros e petroleiras, que não tinham ainda passado por essa experiência no Sistema Petrobrás. Alguns sequer haviam feito uma greve antes. A unidade e a solidariedade fortaleceram a luta, estimulando os trabalhadores a aderirem ao movimento, inclusive os terceirizados.
A Petrobrás, que aproveita-se da divisão da categoria para se fortalecer na relação capital-trabalho, ficou acuada diante de um movimento forte e coeso em todo o Brasil. Para se contrapor aos trabalhadores, a empresa partiu para o ataque, se utilizando de interditos proibitórios para retomar as unidades onde os petroleiros controlavam a produção. No quarto dia da greve, muitos dos terminais e áreas de E&P que estavam ocupados pelos trabalhadores foram recuperados pela Petrobrás. Naquele momento, os dirigentes da FUP sabiam que só a unidade e a resistência da categoria arrancariam da empresa uma proposta vitoriosa. E foi o que aconteceu.
A greve, portanto, deixou lições e desafios importantes para os petroleiros e as lideranças sindicais. O controle da produção e a reunificação da categoria são fundamentais no embate com a empresa e uma coisa está diretamente ligada à outra. Portanto, é chegada a hora dos trabalhadores seguirem os rumos apontados pela greve e reconstruírem a unidade nacional. A trajetória das organizações sindicais petroleiras em busca da unificação da categoria levou à construção da FUP no início dos anos 90 e é novamente, através da Federação, que os petroleiros devem retomar a unidade.
Aepet: nenhum apoio à greve
Foi lamentável ver a postura dos dirigentes da Aepet durante a greve dos petroleiros. Além de não emitirem sequer uma nota de apoio aos trabalhadores que lutavam legitimamente por seus direitos, a Associação de Engenheiros chegou a divulgar em seu boletim nota oficial da Petrobrás informando que a greve não havia impactado a produção. Os dirigentes da Aepet que disputam as eleições da Petros preferiram fazer campanha, enquanto os candidatos apoiados pela FUP lutavam pela categoria na greve.
É nas horas de embate que se conhece quem de fato está ao lado dos trabalhadores.
Operadores da RNEST passam para o turno
Fruto da luta da FUP pelo cumprimento dos regimes de trabalho nas unidades da Petrobrás, a empresa iniciou este mês o remanejamento para o turno dos operadores da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) que estão em treinamento, em regime administrativo.
De acordo com a escala informada pela Petrobrás, os operadores que estão em treinamento na REVAP, RPBC e REPLAN já foram remanejados para o turno no dia primeiro de abril.
Em junho, será a vez dos operadores que estão em treinamento na REDUC, REGAP e REPAR. Em julho, os trabalhadores em treinamento na RLAM também serão alocados ao turno.
Tudo de petróleo para a Petrobrás e o povo brasileiro!
Enquanto o mercado vai administrando a crise internacional do capital, se valendo, sobretudo, dos recursos do Estado, sob a justificativa de uma pseudo regulação, as petrolíferas privadas estão com o apetite cada vez mais voraz, de olho no filé mignon do pré-sal. A pressão e o lobby se acirram em Brasília, assim como nos corredores da Petrobrás, enquanto a proposta do grupo interministerial sobre uma nova legislação para o setor petróleo aguarda avaliação do governo. A mídia, enquanto isso, segue alimentando e defendendo os interesses do setor privado. As notícias, artigos e notas que brotam das redações, estão sempre embaladas pela mesma linha editorial: nada de protecionismo ou capitalização da Petrobrás, tudo de petróleo para as multinacionais.
O escândalo da OGX
Se depender de Eike Batista, as reservas do pré-sal já têm destino certo: sua empresa OGX – Petróleo e Gás Participações é comandada por ex-diretores e ex-gerentes da Petrobrás que carregaram com eles informações privilegiadas sobre áreas de Exploração e Produção do Brasil e do exterior. Rodolfo Landim e Paulo Mendonça, ex-diretores da Petrobrás e hoje, respectivamente, presidente e diretor de Operações da OGX, têm na linha de frente do E&P sete ex-gerentes e dois ex-consultores da estatal. Não por acaso, a empresa de Eike Batista transformou-se da noite para o dia numa das principais concorrentes da Petrobrás no Brasil.
Tráfico de informações
Também não foi à toa, que a OGX arrematou em 2007, na 9ª Rodada de Licitações da ANP, 21 blocos em áreas potencialmente produtoras, algumas localizadas na franja do pré-sal. A própria empresa estima que estas reservas contenham em média 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). “Os Recursos Potenciais Riscados da OGX consideram uma probabilidade média de sucesso de 27%. No entanto, a equipe de exploração da Companhia, enquanto atuava na Petrobras, obteve um índice médio de sucesso de 53% nos últimos quatro anos”, informa a OGX em seu portal na internet voltado para os investidores:http://ogx.infoinvest.com.br
Vale tudo por dinheiro
Movidos a bônus e salários faraônicos, bancados por investimentos duvidosos (Eike Batista, filho do ex-ministro da ditadura Elieser Batista, está sendo investigado pela Polícia Federal por denúncias de irregularidades em licitações), os ex-diretores, ex-gerentes e ex-consultores da Petrobrás se capitalizam às custas de informações privilegiadas e conhecimentos estratégicos adquiridos ao longo do período em que ocupavam cargos de confiança na estatal.
Deixando de lado a questão ética e a responsabilidade civil no que diz respeito ao tráfico de informações, estes profissionais sabem muito bem o peso econômico da OGX, Shell, Esso e tantas outras multinacionais no vale tudo da disputa pelo pré-sal.
Garantir a soberania
Se quisermos alterar esta correlação de forças, temos que correr atrás para garantir que o petróleo e gás brasileiros sejam explorados pela Petrobrás e utilizados em benefício do povo brasileiro. Por isso, a FUP e seus sindicatos estão realizando uma ampla campanha de coleta de assinaturas para apresentar ao congresso nacional um projeto de lei de iniciativa popular que garanta o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras. Participe e divulgue esta campanha, acessando os portaiswww.presal.org.br e www.fup.org.br