Em defesa da vida!

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A FUP e seus sindicatos realizaram nesta sexta-feira, 17, atos e atrasos na entrada do expediente do Sistema Petrobrás, cobrando melhores condições de trabalho, saúde e segurança para todos os petroleiros, próprios e terceirizados. Houve mobilizações no Paraná (Repar e Six), em São Caetano do Sul (SP), no Ceará (Lubnor), em Manaus (Reman), em Pernambuco (Suape e Center II), no Rio Grande do Norte (Natal e Mossoró), em Minas Gerais (Regap) e em Duque de Caxias (Reduc), além da Bahia, onde os trabalhadores realizaram um grande ato na Pituba.

O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, e outros dirigentes da Federação participaram da manifestação na Bahia, em memória do companheiro Gutemberg Lima de Oliveira, 43, funcionário da empreiteira GDK, que perdeu a vida no último dia 11, quando substituía dutos no campo de produção terrestre de Araçás. Em todas as manifestações, os sindicalistas cobraram um basta aos acidentes e prioridade da Petrobrás para a vida dos trabalhadores, tanto no que diz respeito à política de SMS, quanto ao programa de assistência à saúde (AMS), que vem sofrendo uma série de ataques nos últimos anos. 

Veja na página da FUP a cobertura completa das mobilizações: http://www.fup.org.br/noticias.php?id=5204

Responsabilidade social de fachada

Logo após a realização do ato na Pituba, dirigentes sindicais da Bahia e da FUP seguiram para a cidade de Araçás, onde visitaram os familiares de Gutemberg para prestar-lhes solidariedade e apoio político e jurídico para cobrar da GDK e da Petrobrás responsabilidade pelo acidente. Gutemberg era casado e deixou dois filhos menores: Alana Bastos Oliveira, 17 anos, e Patrick Bastos Oliveira, 6 anos.
A dor dos familiares do trabalhador contrastava com o ostensivo outdoor que a Petrobrás estampou na entrada do município baiano, cuja economia gira em torno dos campos de produção de petróleo. “Aqui tem responsabilidade social transformando a realidade”, anuncia a empresa em letras garrafais, em uma das principais avenidas de Araçás. Mas, ao contrário das propagandas feitas pela Petrobrás, segurança, saúde e vida não estão na pauta de prioridades dos gestores da empresa. Seus projetos de responsabilidade social seguem à margem dos trabalhadores, que continuam morrendo e sendo mutilados em acidentes de trabalho grotescos, como o que tirou a vida de Gutemberg e deixou órfãos seus filhos.
Já chega a 292 o número de vítimas da insegurança, que, desde a década de 90, se perpetua em todo o Sistema Petrobrás de forma crônica e cruel, revelando, a cada nova morte, a inércia da direção da empresa em apontar mudanças estruturais nas políticas de SMS e de terceirização. É tão absurdo isso que os diretores e gerentes executivos da Petrobrás sequer encontram tempo em suas agendas para realizar o fórum de SMS que foi acordado com a categoria. Mais uma prova de que segurança, saúde e vida não tem prioridade para a Petrobrás. Sem falar que quando os trabalhadores estão inseguros, o meio ambiente também está em risco. Uma realidade que só será alterada com unidade dos trabalhadores e muita mobilização.

PLR: nova rodada de negociação com a Petrobrás será na terça, 21
Após cobrança da FUP para dar continuidade à negociação da PLR, a Petrobrás agendou para a próxima terça-feira, 21, às 14 horas, nova reunião com a Federação e seus sindicatos. A  primeira proposta apresentada pela empresa no dia 09 não contemplou os trabalhadores. Enquanto os valores da PLR 2010 cresceram 12,44% em relação ao exercício de 2009, os dividendos dos acionistas subiram 40,42% no mesmo período.
O provisionamento realizado pela Petrobrás foi feito, mais uma vez, sem transparência e de forma unilateral, apesar da FUP e de seus sindicatos terem proposto critérios e indicadores para a negociação das PLRs futuras, com base na proposta aprovada pela categoria em assembléias.
A negociação que a FUP conduzirá a partir de terça-fera terá como referência a proposta dos trabalhadores para as PLRs futuras e que já foi, inclusive, discutida com a empresa. A Petrobrás tem plenas condições de avançar na construção de uma proposta que valorize o petroleiro e que esteja à altura do que ele tem produzido para a empesa e o país com o seu trabalho.

Assembléia de petroleiros do Rio aprova por unanimidade refiliação do Sindipetro à FUP 
Em assembléia extraordinária ocorrida nesta quinta-feira, 16, na sede do Sindipetro-RJ, os petroleiros do Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade a refiliação do sindicato à FUP. Os trabalhadores também elegeram os delegados que os representarão no XV CONFUP, que será realizado no início de agosto, em Manaus. Em função da truculência e do autoritarismo da direção do Sindipetro, a assembléia, assim como o acesso dos trabalhadores sindicalizados ao auditório do sindicato, tiveram que ser garantidos por decisão judicial. Apesar da categoria ter realizado um abaixo-assinado com 750 assinaturas, aprovando a convocação da assembléia, os dirigentes do Sindipetro-RJ não reconheceram o direito legitimamente previsto pelo estatuto do sindicato. De forma arbitrária e antidemocrática, os diretores do RJ anunciaram à categoria em seus boletins que não realizariam a assembléia e nem permitiriam o acesso dos trabalhadores ao sindicato. 
Foi preciso a interferência de oficiais de justiça para fazer valer o direito dos trabalhadores e obrigar os dirigentes do Sindipetro autorizarem a entrada dos sindicalizados. Os petroleiros não se intimidaram e fizeram valer o direito legal e legítimo da realização da assembléia, convocada na base, através do quórum necessário de assinaturas obtidas e apresentadas à direção, conforme prevê o estatuto do Sindipetro-RJ. A categoria deu exemplo de democracia sindical, foi à luta para defender a unidade nacional e aprovou a refiliação do sindicato à FUP, tornando público para todo o país o autoritarismo e a postura antissindical da direção do Sindipetro-RJ. Leia íntegra na página da FUP:www.fup.org.br/noticias.php?id=5206

Adicional de polidutos: trabalhadores dos terminais de SC e SP seguem em estado de greve
Os trabalhadores dos terminais de Santa Catarina, São Paulo e Bahia estão mobilizados exigindo que a Petrobrás e a Transpetro paguem as diferenças do complemento de RMNR em função da inclusão do adicional de poliduto. Em abril deste ano, após pressão dos trabalhadores, a empresa, finalmente, reconheceu as pendências da incidência do adicional na RMNR, pagando nas folhas de maio e de junho as diferenças do complemento referentes ao período de 02/07/2007 a 31/08/2009.
A Petrobrás, no entanto, descumpriu o acordo e até hoje não quitou essa dívida com os trabalhadores cedidos à Transpetro, apesar de diversas cobranças dos sindicatos e da FUP. Sem resposta da empresa, os petroleiros foram à luta. Em Santa Catarina, os trabalhadores dos terminais de Guaramirim, Itajaí e Biguaçu pararam suas atividades no último dia 13, e chegaram a interromper o carregamento de produtos. Houve também mobilizações no Osbra, em Senador Canedo (base do Sindipetro Unificado-SP).
Pressionada, a Transpetro comprometeu-se a encaminhar aos trabalhadores próprios e cedidos pela Petrobrás a memória de cálculo individual do que lhes é devido. No entanto, a empresa só apresentou para os cedidos um exemplo de cálculo. Além disso, ainda tentou desmobilizar a categoria, “convidando” alguns petroleiros, individualmente, para uma reunião no Rio, desrespeitando a interlocução com os sindicatos. Os trabalhadores seguem mobilizados, em estado de greve, e decidem em assembléias esta semana os próximos passos da luta.

Não à privatização do PROMEF!
Um ato convocado pela CUT-RJ, com participação de diversas entidades sindicais, inclusive a FUP, foi realizado na última quinta-feira, 16, em frente à sede da Petrobrás, no Rio, para denunciar a tentativa de privatização do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobrás (PROMEF).  Os sindicalistas repudiaram a transferência para a recém criada empresa Sete Brasil dos contratos de construção de 49 navios encomendados pelo programa. Com capital majoritariamente privado, a Sete Brasil foi criada com o objetivo inicial de construir as sondas necessárias à exploração do pré-sal. A Petrobrás tem apenas 10% de participação na empresa, cujos 90% restantes dos ativos pertencem aos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e Valia, além dos bancos Bradesco e Santander. “Na prática, isto significará a privatização do programa, visto que além de repassar a esta nova empresa a responsabilidade pela construção, também repassará a propriedade destes ativos”, denunciam os movimentos sindicais, em documento apresentado à direção da Petrobrás, logo após o ato. Leia na página da FUP a íntegra do documento:  www.fup.org.br/noticias.php?id=5198