Em dezembro de 2015, o custo médio da cesta básica de alimentos, capaz de suprir as necessidades de uma única pessoa, pesquisada pelo DIEESE em convênio com o Sindipetro NF, foi de R$345,84, no município de Macaé, registrando um aumento de 2,49%, em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de2014, o valor apurado foi 12,19% superior.
Na comparação mensal, entre novembro e dezembro, oito dos treze produtos pesquisados registraram aumento de preços. Dentre os produtos que apresentaram elevação dos preços médios, destacaram-se o açúcar, cuja variação foi de 13,98% em um mês,o tomate (7,75%),o óleo de soja (5,90%)e o arroz (4,88%).Entre os quatro produtos que apresentaram queda nos preços, a variação mais relevante foi a da manteiga (-1,85%), seguida pela queda no preço do leite (-1,83%).No caso da batata, o preço médio manteve-se estável com relação ao mês anterior.
Ao longo de 2015, onze dos treze produtos apresentaram aumento de preço, com destaque para o tomate (37,84%). Na seqüência, as maiores altas foram verificadas nos preços do pão(17,64%), do açúcar (15,95%)e da manteiga(12,68%). Houve queda de preço em apenas dois produtos: feijão (-2,04%) e banana(-1,86%).
Em comparação com a cesta básica pesquisada na capital do estado, o custo da cesta básica de Macaé representou 87,73% do valor registrado no município do Rio de Janeiro (R$ 394,21), no mês de dezembro de 2015. Por sua vez, o trabalhador que reside em Macaé, com rendimento equivalente a um salário mínimo nacional, necessitou cumprir uma jornada de 96 horas e 33 minutos para adquirir os itens alimentícios que compõem uma cesta básica individual. O valor gasto com essa cesta representou, em dezembro de 2015, 47,70% do salário mínimo líquido (R$ 724,96), ou seja, após os descontos da Previdência Social.
A cesta básica ficou mais cara em todas as dezoito capitais pesquisadas pelo DIEESE. Belém (+7,89%), Florianópolis (+5,68%), Fortaleza (+5,58%) e Goiânia (+4,36%) apresentaram as maiores altas. A menor variação foi em Manaus (+1,25%).Com base na cesta básica de alimentos mais cara dentre as cidades pesquisadas, que neste mês foi verificada na cidade de Porto Alegre (R$ 418,82), o DIEESE também estima o valor do Salário Mínimo Necessário, ou seja, a quantia necessária para suprir as despesas de uma família composta de quatro membros (considerando dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme estabelece a Constituição Federal. Em dezembro, o Salário Mínimo Necessário foi estimado no valor de R$ 3.518,51(4,47vezes o mínimo vigente de R$ 788,00).
