Em março de 2016, o custo médio da cesta básica de alimentos capaz de suprir as necessidades de uma única pessoa, no município de Macaé,conforme pesquisado DIEESE em convênio com o Sindipetro NF, foi de R$388,93 registrando uma redução de 2,57% em relação ao mês anterior.
Tabela 1 – Gasto e variação mensal dos produtos da Cesta Básica |
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Macaé – Março de 2016 |
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Produtos |
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Quantidades |
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Gasto mensal (R$) |
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Variação (%) |
|
Tempo de Trabalho |
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Fevereiro |
Março |
Mensal |
No ano |
Fevereiro |
Março |
||||||
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2016 |
2016 |
|
|
2016 |
2016 |
||||
Carne |
6,0 kg |
118,62 |
117,18 |
-1,21 |
2,36 |
|
29h40m |
29h18m |
|||
Leite |
7,5 l |
25,20 |
25,20 |
0,00 |
1,49 |
6h18m |
6h18m |
||||
Feijão |
4,5 kg |
21,29 |
21,24 |
-0,23 |
22,56 |
5h19m |
5h19m |
||||
Arroz |
3,0 kg |
9,39 |
9,69 |
3,19 |
7,31 |
2h21m |
2h25m |
||||
Farinha |
1,5 kg |
4,49 |
4,56 |
1,56 |
-1,08 |
1h07m |
1h08m |
||||
Batata |
6,0 kg |
22,98 |
22,38 |
-2,61 |
9,71 |
5h45m |
5h35m |
||||
Tomate |
9,0 kg |
51,39 |
42,48 |
-17,34 |
3,06 |
12h51m |
10h37m |
||||
Pão |
6,0 kg |
54,78 |
54,90 |
0,22 |
5,54 |
13h42m |
13h44m |
||||
Café |
600 g |
10,94 |
10,61 |
-3,02 |
2,61 |
2h44m |
2h39m |
||||
Banana |
7,5 dz |
35,18 |
36,08 |
2,56 |
24,29 |
8h48m |
9h01m |
||||
Açúcar |
3,0 kg |
10,02 |
9,87 |
-1,50 |
22,30 |
2h31m |
2h28m |
||||
Óleo |
900 ml |
4,18 |
4,12 |
-1,44 |
14,76 |
1h02m |
1h02m |
||||
Manteiga |
750 g |
20,47 |
20,61 |
0,68 |
7,91 |
|
5h07m |
5h09m |
|||
Total |
|
|
|
388,93 |
378,92 |
|
-2,57 |
7,02 |
|
97h14m |
94h44m |
Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos
Fonte: DIEESE
Na comparação mensal, entre fevereiro e março de 2016, sete produtos apresentaram quedas em seus preços médios, com destaque para o tomate, com variação de –17,34%, seguido por café (-3,02%) e batata (-2,61%),enquanto açúcar, óleo, carne e feijão apresentaram quedas inferiores a 2%. O preço do leite manteve-se estável no período. No outro extremo, o arroz liderou a alta em seus preços médios, com variação de 3,19%, seguido por banana (+2,56%), farinha de trigo (+1,56%),manteiga (+0,68%) e pão (+0,22%).
No acumulado em 2016, a cesta apresentou aumento de 7,02%,impactada ainda pelas variações no mês de janeiro. Neste período, destacaram-se os aumentos da banana (+24,29%), feijão (+22,56%), açúcar (+22,30%) e óleo de soja (+14,76%). Somente a farinha de trigo apresentou queda acumulada (-1,08%) nos primeiros três meses de 2016.
Em comparação com os preços registrados na capital do estado, o custo da cesta básica de Macaé representou 85,96% do valor registrado no município do Rio de Janeiro (R$ 440,79), no mês de março de 2016. Por sua vez, o trabalhador que reside em Macaé, com rendimento equivalente a um salário mínimo nacional (atualmente de R$ 880,00), necessitou cumprir uma jornada de 94 horas e 44 minutos para adquirir os itens alimentícios que compõem uma cesta básica individual. O valor gasto com essa cesta representou, em março de 2016, 46,80% do salário mínimo líquido (R$ 809,60), ou seja, após os descontos da Previdência Social.
A partir de janeiro de 2016, o DIEESE passou a divulgar o levantamento do preço da cesta básica nas 27 capitais brasileiras. Brasília apresentou a cesta mais cara em março de 2016, com o valor médio de R$ 444,74, seguida por São Paulo (R$ 444,11), e Florianópolis (R$ 441,06). Quanto às variações mensais, em março,Manaus (-12,87%), Boa Vista (-7,05%) e Aracaju (-3,53%), apresentaram as quedas mais expressivas. No outro extremo, as maiores elevações foram registradas nas cestas básicas de Vitória (+4,19%), Palmas(+3,41%)e Salvador (+3,22%).
Com base na cesta básica de alimentos mais cara dentre as cidades pesquisadas, que em março foi verificada em Brasília, o DIEESE também estima o valor do Salário Mínimo Necessário, ou seja, a quantia que supre as despesas de uma família composta de quatro membros (considerando dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, conforme estabelece a Constituição Federal. Em março, o Salário Mínimo Necessário foi estimado no valor de R$ 3.736,26 (4,25 vezes o mínimo vigente de R$ 880,00).