Em meio a escândalo de corrupção de vacina, Brasil passa 516 mil vidas perdidas

[Imprensa CUT] Em meio ao escândalo de corrupção na compra de vacinas, país ultrapassou a marca de 516 mil mortes, de acordo com os dados do consórcio de imprensa, divulgado nesta terça-feira (29). Em 24 horas, 1.917 pessoas morreram em decorrência de complicações causadas pela Covid-19 no Brasil.

A média de mortes caiu 20% em duas semanas e ficou, nesta terça-feira (29), em 1.603, a menor em quase quatro meses, mas ainda em um patamar elevado.

Também em 24 horas, foram registrados 64.706 novos casos, totalizando 18.512.126. A média de casos está em estabilidade, com queda de 10% em duas semanas. São, em média, 65.070 novos casos por dia.

O estado de Roraima é o único com alta na média de mortes. Em estabilidade, estão dez estados. Quinze estados e o Distrito Federal estão com redução na média de mortes. As maiores quedas foram no Acre e no Paraná

No entanto, os números de casos indicam tendência de estabilidade nos últimos sete dias e a taxa de transmissão (Rt) do vírus que caiu para 0,98, segundo levantamento do Imperial College de Londres, divulgado nesta terça-feira (29).

De acordo ainda com os dados da Imperial College, o Brasil deve registrar 13.100 óbitos pela Covid-19 nesta semana, um aumento em relação à anterior, quando foram contabilizadas 12.643 mortes pela doença.

Ainda com a vacinação lenta, em 24 horas, 1.165.441 brasileiros tomamos a primeira dose da vacina e 395.375 receberam a segunda dose ou a vacina com dose única. O total do dia ficou em 1.560.816.

Até agora, 72.534.656 pessoas tomaram a primeira dose no Brasil, ou 34,25% da população, e 25.987.646 receberam a segunda dose ou a dose única, ou 12,27% da população.

Mortes e internações na faixa dos 60 diminuem

Apesar de lenta, a vacinação de pessoas com mais de 60 anos tem ajudado a reduzir as internações e mortes pela doença no grupo de 60, 70, 80 e 90 anos nas últimas semanas.

Desde de meados de abril, a tendência de queda começa a ser visível na faixa etária de 60 anos, que representava 23% dos hospitalizados e 29% dos mortos na época, despenca para 11% e 16% em junho.

Agora, a preocupação é com os mais jovens. A proporção de pacientes internados com 40 a 60 anos disparou de 17% para 40% desde o início do ano. A faixa de até 40 anos também dobrou de 5% para 11%.

Um boletim epidemiológico da Fiocruz que analisa dados nacionais até 12 de junho indica que a mediana de óbitos pelo vírus caiu pela primeira vez a um nível abaixo dos 60 anos, assim como já havia ocorrido com as internações.

Isso significa que a idade máxima de metade dos hospitalizados passou de 66 anos no início do ano para 52 anos agora. Já entre as vítimas que morreram da doença, foi de 71 anos para 61 anos no mesmo período.