A gerência de Recursos Humanos da Petrobrás, em resposta à cobrança da FUP, agendou para terça-feira (01/12), às 11 horas, reunião na sede da empresa para discutir as punições. A contraproposta apresentada pela Petrobrás no último dia 23, apesar de avançar em várias reivindicações sociais, não resolveu o pleito da categoria referente às punições arbitrariamente aplicadas aos trabalhadores que fizeram a greve de março deste ano. Os sindicatos, reunidos no Conselho Deliberativo da FUP no último dia 24, reiteraram a decisão coletiva dos trabalhadores de que o cancelamento das punições é ponto condicionante para o fechamento do acordo coletivo. Sendo assim, a FUP comunicou à Petrobrás no dia 25 que a contraproposta foi rejeitada pelos sindicatos, conforme a deliberação da categoria em assembléias de que com punição, não tem acordo.
Mobilizações
Em cumprimento às orientações da FUP e dos sindicatos filiados, os trabalhadores do Sistema Petrobrás continuam mobilizados pelo cancelamento das punições. Nesta segunda-feira, 30, os petroleiros da Rlam (BA), Fafen-BA e Transpetro-BA interromperam pela manhã a emissão e acompanhamento de PTs (Permissões de Trabalho).
Na sexta-feira, 27, os trabalhadores da Regap (MG) cortaram a rendição no turno da zero hora. No Amazonas, os trabalhadores da Reman e do TA suspenderam a emissão de PTs na sexta-feira (27), assim como na Fazenda Belém, área de produção do Ceará. O mesmo correu em Linhares, no Espírito Santo, onde os petroleiros cortaram a emissão de PTs nas duas maiores unidades de tratamento de gás do estado (Caçimbas e Lagoa Suruaca) e na plataforma PPR1 (Peroá 1).
Na Replan e no Terminal de São Caetano do Sul (bases do Unificado-SP), também houve mobilização na sexta-feira, 27, com operações padrões e manifestações dos trabalhadores do turno e do HA pelo cancelamento das punições. No Terminal de Suape (PE), no gasoduto de Jaboatão (PE) e no Terminal de Cabedelo (PB), os petroleiros também se mobilizaram.
Na quinta-feira (26), os dirigentes da FUP e do Sindipetro-AM realizaram uma grande mobilização pelo fim das punições, durante a inauguração do gasoduto Coari-Manaus, que contou com a presença do presidente Lula, do presidente da Petrobrás, José Gabrielli, de vários ministros, parlamentares, além da diretoria executiva da empresa. A FUP cobrou do governo Lula e dos diretores da Petrobrás o cancelamento das punições arbitrárias, decorrentes da greve de março.
