O Coletivo de Mulheres Petroleiras apresentou à Petrobrás propostas para uma política efetiva de combate a todas as formas de opressão no ambiente de trabalho, pauta que foi reforçada também nos GTs paritários que tratam de Saúde Mental e Combate aos Assédios
[Da imprensa da FUP]
Proposto pela FUP, o Canal de Acolhimento às trabalhadoras e aos trabalhadores vítimas de assédios e violência sexual no Sistema Petrobrás já é realidade. Essa é mais uma importante conquista que é resultado do processo de interlocução entre as representações sindicais e os gestores da empresa.
O canal de acolhimento foi uma das propostas apresentadas pelo Coletivo de Mulheres Petroleiras da FUP ao Grupo de Trabalho de Combate a Assédio Sexual, que foi constituído em abril pela Petrobrás, logo após a divulgação na mídia das denúncias de importunação e de violência sexual na empresa.
Na ocasião, as dirigentes sindicais cobraram um ambiente seguro para que as trabalhadoras próprias e terceirizadas pudessem fazer as denúncias e ter acolhimento e acompanhamento psicológico durante o processo de investigação.
Desde então, a FUP vem discutindo com a Petrobrás propostas para uma política efetiva de combate a todas as formas de opressão no ambiente de trabalho, pauta que foi reforçada também nos GTs paritários que tratam de Saúde Mental e Combate aos Assédios.
O Canal de Acolhimento implementado pela empresa é voltado para trabalhadoras e trabalhadores, próprios e terceirizados, que estejam passando por situações de constrangimento, assédio moral, importunação e violência sexual. O Canal pode ser acessado pelo telefone 0800-287-2270 e funciona 24 horas, durante todos os dias. Os trabalhadores terão o anonimato preservado e serão acolhidos por uma equipe multidisciplinar da área de saúde e de assistência social.
Outro canal implementado pela Petrobrás após cobrança da FUP no GT de Saúde Mental é o Plantão de Suporte Psicológico, esse voltado exclusivamente para os empregados próprios, que estão em sofrimento. O atendimento também é feito diariamente, durante 24 horas, por equipe multidisciplinar, que garantirá o anonimato da trabalhadora e do trabalhador. O acesso é feito pelo telefone 0800 287 2267, através da opção 2.
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Nenhum desses serviços substitui o Canal de Denúncias que a Petrobrás criou para que os trabalhadores formalizem e acompanhem as denúncias de assédio moral, importunação e violência sexual. Para denunciar, acesse: https://contatoseguro.com.br/petrobras.
“É importante a divulgação e utilização desses canais. O acolhimento e o suporte psicológico são fundamentais para nos sentirmos mais seguras e seguros ao denunciar situações de assédios e de violência sexual. E também para buscar ajuda em momentos de sofrimento mental. Isso não é fraqueza. É importante saber que ninguém está sozinha ou sozinho e que teremos uma rede de apoio e suporte emocional”, afirma a diretora a FUP, Cibele Vieira.