Imprensa da FUP – Dirigentes da FUP estiveram reunidos na tarde desta sexta-feira, 31, com a gestão da Petrobrás, cobrando a suspensão das demissões dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, empresa 100% Petrobrás. A Federação também quer o estabelecimento imediato de um processo de negociação que cumpra de fato o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho em relação a questões como regimes de turno, jornadas de trabalho, Assistência Médica de Saúde (AMS), bem como o cumprimento das novas regras para o pagamento da PLR.
Todos estes pontos foram aprovados pelos petroleiros nas assembleias que aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir deste sábado, caso a Petrobrás não atenda às reivindicações.
No documento apresentado à empresa, a FUP e seus sindicatos ressaltam que, ao contrário do que tem afirmado a gestão, “há precedentes de absorção de pessoal de subsidiárias pela controladora e a situação em concreto em nada se confundiria com “burla” ao crivo constitucional do concurso público” e que “a versão dos fatos narrados pela Petrobras em seus comunicados distorce a verdade”.
A FUP afirma, ainda, no documento que as medidas tomadas de forma unilateral pela gestão da Petrobrás ferem o Acordo Coletivo e demonstram “a verdadeira intenção patronal em realizar mudanças de forma unilateral para pressionar as entidades sindicais a renunciar direito da categoria, uma estratégia de diminuição de passivo trabalhista e tributário para facilitar a venda e privatização da empresa, o que definitivamente encontrará óbice nas Entidades Sindicais”.
O que querem os petroleiros e petroleiras:
> Suspensão da demissão em massa dos trabalhadores da Fafen-PR, prevista para ter início no dia 14 fevereiro;
> Suspensão das medidas unilaterais que contrariam o ACT e os fóruns de negociação:
- Implantação unilateral das tabelas de turno de 3×2, em ciclos de 5 dias
- Posicionamentos equivocados de cartões de ponto para apuração da hora extra da troca de turno
- Fim do interstício total e exigência dos trabalhadores chegarem na madrugada,
- Transferências de trabalhadores sem negociação com os sindicatos
- Ataques à AMS e à PLR, com imposições de decisões à revelia do ACT e da legislação
> Estabelecimento imediato de um processo negocial sobre todos estes pontos, com duração mínima de 30 dias;
> Que não haja condicionamento de renúncia de direitos ao avanço das tratativas
Veja a íntegra da pauta de reivindicações apresentada pela FUP à Petrobrás: