Nas três primeiras horas de greve na Bacia de Campos, o Sindipetro-NF recebeu informações de que 22 plataformas estão com a produção sob controle dos trabalhadores em greve. A orientação da entidade é a de que os grevistas parem completamente a produção ou produzam apenas o volume mínimo de gás e óleo necessário para a segurança e a habitabilidade da plataforma. O impacto inicial estimado é de uma redução de 400 mil barris diários de petróleo.
Cada caso é avaliado pelos próprios trabalhadores. Até o momento, o quadro é de parada total em 14 plataformas (100% de corte na produção) e oito plataformas estão com reduções que variam de 20% a 97% da produção. Estão no primeiro caso as plataformas PCE-1, PPM-1, PNA-2, PCH-1, PCH-2, PVM-1, PVM-2, PVM-3, P-09, P-12, P-15, P-31, P-33 e P-65. No segundo caso, estão PGP-1, P-18, P-32, P-40, P-50, P-51, P-56 e P-63.
Há ainda casos de plataformas onde os petroleiros aderiram à greve mas a produção foi mantida pela equipe de contingência da empresa, o que ocorre em P-52 e P-54. Na P-62, os petroleiros pararam completamente a produção, mas a equipe de contingência tenta retomar a produção.
Em Cabiúnas, a gerência bloqueou o acesso dos trabalhadores do turno das 15h. O sindicato entrará com denúncia em relação à manutenção ilegal de petroleiros em turno superior a oito horas na base, expondo todos a risco e a elevado desgaste.
Em todo o País, refinarias e terminais de bases sindicais de entidades filiadas à FUP iniciaram a greve a partir das 15h de hoje. A categoria protesta contra o Plano de Negócios da empresa, que prevê uma redução de 40% da companhia em quatro anos, com redução do efetivo, venda de ativos e desinvestimentos e corte de direitos dos trabalhadores.