“Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso”

Primeira Mão 1172 – O dia 24 de fevereiro marcou o início de uma grande reação nacional em defesa da Petrobrás e do Brasil. O ato realizado pela FUP e pela CUT na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) já está sendo considerado o pontapé inicial do mais importante movimento em defesa da estatal, desde a histórica campanha “O petróleo é nosso”. E os petroleiros, mais uma vez, assumem o protagonismo desta luta. Com a participação de mais de mil pessoas dentro e fora do auditório da ABI, o ato contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de diversos intelectuais e lideranças de movimentos sindicais e sociais. 

Estavam lá defendendo a Petrobrás o escritor Eric Nepomuceno, os jornalistas Luis Nassif e Hildegard Angel, o físico Luiz Pinguelli Rosa, o ator Antônio Pitanga, os cineastas Luiz Carlos e Lucy Barreto, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, o líder do MST, João Pedro Stédile, o presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, a presidente da UNE, Vic Barros, além de toda a Executiva Nacional da CUT, da Direção Colegiada da FUP, de representantes da CTB, do MAB, da UBES, de partidos políticos do campo da esquerda, sindicatos de diversas categorias e de movimentos populares.
O ex-presidente Lula conclamou os trabalhadores e os nacionalistas a tomarem as ruas em defesa da Petrobrás. “Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso. Vamos defender a Petrobrás, porque defender a Petrobrás é defender o Brasil, é defender os trabalhadores brasileiros, é defender a democracia e a continuidade de um processo de revolução social que aconteceu neste país nestes últimos anos”.

“Foi bom ver os petroleiros à frente do ato. Ninguém tem maior autoridade moral para defender a empresa do que os petroleiros. Eles são a vanguarda desse processo e devem ser reconhecidos enquanto tal por todos os que lutam por um desfecho que permita que a Petrobrás saia muito mais forte desse episódio. Eles são agora nossa força e nossa voz para defendê-la, mais do que a direção da própria empresa se mostrou capaz de fazê-lo. Seus rostos, suas falas, suas propostas e principalmente sua disposição de luta devem se tornar conhecidos de cada um de nós, cada vez mais. Os petroleiros são a liderança incontestável da tarefa de dar a linha para tirar a Petrobrás do atoleiro e defender a empresa dos ataques especulativos que pretendem destroçá-la”.

Antônio Lassance, cientista político, em artigo publicado na Carta Maior