Uma noite emocionante arrebatou o público que prestigiou no dia 23 a Mostra Feminina de Cultura do Sindipetro-NF, organizada pelo Departamento de Cultura do sindicato e a produtora Cultural Janaína Mendes.
A diretora Bárbara Bezerra lembrou da importância do espaço para a cultura macaense. “Esse teatro foi construído a partir da luta da classe trabalhadora e nós sempre vamos continuar apoiando a cultura popular de Macaé” – afirmou Bárbara. A diretora Leide Morgado disse que “só tenha a agradecer a todas, todos e todes, que vão sair desse evento diferentes de como entraram”.
O Coral Mater Vocem, composto por seis integrantes trajando lindos vestidos brancos bordados de azul, abriu a noite e encantou o público com músicas como Ave Maria no Morro de Dalva de Oliveira, Clara e Ana de Joyce, Ave Maria de Gounod. Destaque para Maria Maria de Milton Nascimento que levantou o público acompanhando com palmas.
A Hora das meninas com as atrizes com as atrizes Cássia Gomes, Scarpi, Josie Schuenk, Sofia Gomez foi o primeiro esquete a ser apresentada e mostrou como uma mentira pode causar estragos numa sociedade.
Com a performance de dança do ventre, chamada “A Cura”, Fábia Schufi fascinou quem assistia e a atriz Kelly Tavares fez o público dar boas risadas com a esquete Romualdo Ângelo – Um Nome Tatuado, que conta a história de uma mulher que tatuou o nome do seu ex amor no cóccix.
A última apresentação da noite foi muito impactante. Eu negra, encenada pela atriz Cláudia Bispo tocou fundo a alma de quem assistia. A atriz trajava um grande tecido em tie die na cor pêssego e conforme manuseava o tecido, gesticulava e falava se transformava em pássaro, ondas, preta velha, escrava, grávida, mãe. Tudo para retratar a vida e a luta das escravas. Com um belíssimo texto, não houve quem não ficasse comovido. Todos os espetáculos foram aplaudidos de pé.
“Que seja a primeira de muitas Mostras! Acordei tão impactada com as mensagens que recebi sobre o evento de ontem. Para o artista local colocar plateia no teatro é muito importante e tocante. A vida toda, eu fui estudar fora teatro e nunca esqueci minhas origens em Macaé. Aqui, quando vão inaugurar o teatro municipal chamam alguém de fora ou um ator que faz novela. Ontem foi a prova de que alguém acredita no nosso potencial. Obrigada, mesmo! – concluiu emocionada a diretora e produtora, Janaína Mendes.