Nesta quarta-feira, 15, aconteceu a quinta reunião do GT de Teletrabalho e mais uma vez a empresa não aceita dialogar com os sindicatos e insiste em contrariar a vontade da maioria dos trabalhadores, conforme apontou pesquisa realizada pela FUP e apresentada em julho à Petrobrás.
Com participação de 1.242 petroleiros e petroleiras, a pesquisa identificou que 92% dos entrevistados querem que o regramento seja negociado com os sindicatos, 87% entendem que é preciso uma regra mais transparente sobre os critérios de quem pode ou não estar em teletrabalho e 81% querem previsibilidade sobre o tempo de permanência.
A Petrobrás, no entanto, está impondo critérios unilaterais para retorno às atividades presenciais e um modelo híbrido para os empregados que tiverem feito a adesão ao teletrabalho permanente, com critérios impostos pela empresa, alternando com a atividade presencial e limitado a três dias de trabalho remoto por semana.
A diretora da FUP e membra do GT de teletrabalho, Cibele Vieira, lamentou o posicionamento da empresa e orientou os trabalhadores, através de um comunicado em vídeo divulgado após a reunião.
“Se a empresa realiza cinco reuniões, tirando as que foram realizadas durante o acordo coletivo, e mantém as regras que foram estabelecidas antes da pandemia, isso mostra que a empresa não aprendeu nada durante a pandemia e também não aceita ouvir as demandas dos trabalhadores. Então, pedimos que os trabalhadores não aceitem assinar o termo do teletrabalho”, declarou a diretora.
Confira o vídeo na integra: