Petroleiros da P-26 que embarcaram ontem, pelo Heliporto do Farol de São Thomé, no voo das 12h, foram surpreendidos a bordo por uma atitude desumana tomada pela representante da empresa de hotelaria CIS Brasil: os trabalhadores, que chegaram na unidade antes das 13h — horário de fechamento do refeitório — foram impedidos de almoçar.
“Quando fomos almoçar, ficamos no mínimo surpresos com a atitude da comissária da empresa CIS Brasil, que nos impediu de nos servirmos com alimentos da rampa, retirando os mesmos, alegando que por determinação contratual e gerencial da Petrobrás não tínhamos o direito ao almoço uma vez que a equipe que desembarcou já tinha almoçado”, relatam os trabalhadores em manifesto enviado ao Sindipetro-NF (veja íntegra abaixo).
De acordo com o documento, os alimentos não servidos aos petroleiros foram descartados. Os petroleiros, que não almoçaram antes do embarque em razão de não haver local para almoço no Heliporto do Farol, só puderam fazer um lanche no final da tarde.
O Sindipetro-NF entrou em contato com a gerência da P-26, que explicou ter tomado medidas em relação ao caso. A ocorrência foi registrada e a comissária foi desembarcada.
O motivo alegado pela comissária para ter retirado os alimentos foi o de que haveria uma determinação gerencial para só servir almoço a quem está desembarcando. Questionado pelo NF, a gerência da unidade negou que exista essa determinação e que, ao contrário, a Petrobrás paga um ágio para a empresa contratada justamente para suprir as trocas de turma.
Confira abaixo o manifesto dos trabalhadores: