O Sindipetro-NF recebeu informações dos trabalhadores de que técnicos de segurança da Petrobrás estão sendo pressionados a registrarem, nas auditorias das Permissões de Trabalho (PTs), dados que permitam a identificação de empregados que supostamente teriam cometido desvios de procedimento.
Esta prática é condenada pelo sindicato, e é semelhante ao antigo GDP-SO, que foi encerrado na Bacia de Campos após várias mobilizações lideradas pela entidade.
O sindicato cobrou explicações da gerência de SMS da UO-BC, que afirma ter como objetivo treinar a bordo os responsáveis pelos desvios e, em caso de reincidência, programar treinamentos em terra.
A entidade lembra que o antigo GDP-SO também tinha esse tipo de justificativa, começando pelos treinamentos, mas chegando a punições, desembarques definitivos e anotações no GDP. Naquela ocasião o sindicato defendeu o planejamento e a conscientização como soluções para os desvios.
Para o sindicato o principal motivo dos “desvios” é a pressão sobre o trabalhador e o volume de serviços, valendo tanto para emitentes como para os executantes. Uma das formas de coibir isso é exigir o cumprimento do limite de número de PT´s e PTT´s, que recentemente fixado pelo SMS a sete para cada responsável.
A entidade quer continuar a discussão sobre o tema com a empresa, levando o assunto também à comissão local de SMS. O Sindicato orienta os técnicos de segurança a não identificar os trabalhadores envolvidos nos chamados desvios.