Encontro histórico discutirá a unidade na luta pela terra

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Nos próximos dias 20, 21 e 22 de agosto, os trabalhadores do campo realizam em Brasília um encontro nacional histórico, que traçará novos rumos para as entidades e movimentos sociais que atuam a favor da reforma agrária e demais lutas protagonizadas pelos trabalhadores rurais. Estarão presentes ao encontro representantes do movimento sindical, como a Contag e a Fetraf; dos movimentos sociais do campo vinculados à Via Campesina, como o MST, o MMC, o MPA e o MAB; dos movimentos dos pescadores artesanais do Brasil; dos quilombolas; dos povos indígenas, como a APIB e o Cimi; das pastorais sociais que atuam no meio rural, como CPT, Cáritas e Pastoral da Juventude;  entre outras dezenas de movimentos sociais. 
A FUP também foi convidada e estará presente na solenidade de abertura. Está prevista a participação de cerca de 10 mil camponeses. A realização desse encontro plural e expressivo de todas as formas de organização e representação dos trabalhadores do campo tem como principal objetivo a busca da unidade para avançar rumo a uma agenda comum de lutas e de mobilizações para enfrentar os desafios da questão agrária brasileira. Será a reconstrução da unidade que marcou o I Congresso Camponês do Brasil, em 1961, que impulsionou a criação da Contag, há 50 anos, e levou às ruas todos os movimentos, das mais diversas correntes político-ideológicas com um único lema: “Reforma agrária: na lei ou na marra!”.
Meio século depois, as populações do campo e os trabalhadores camponeses, em suas mais diversas matizes, voltam a se reencontrar para traçar estratégias de luta contra a hegemonia do capital financeiro e das empresas transnacionais, que está impondo um novo padrão de produção, exploração e espoliação da natureza: o agronegócio. Esse encontro histórico apontará os novos rumos da luta social por um projeto de desenvolvimento nacional, que atenda aos interesses do povo brasileiro; contra a privatização dos recursos naturais; por políticas públicas de preservação do meio ambiente e de produção de alimentos saudáveis com garantia de renda e emprego para toda a população que mora no interior; pela democratização do acesso à educação, em todos os níveis.
Tudo isso será debatido durante os três dias do Encontro Nacional de Trabalhadores Rurais, que será realizado no Parque da Cidade, em Brasília, entre os dias 20 e 22 de agosto. A FUP saúda a construção da unidade entre todos os movimentos sindicais e sociais que lutam por uma reforma agrária ampla que promova justiça social e democracia no campo.
Acesse a programação completa: http://encontrounitario.wordpress.com/

FUP realiza seminário para planejamento da campanha salarial

A FUP realiza no próximo dia 24 o seminário de planejamento da campanha salarial, cuja pauta aprovada na III Plenafup será apresentada à Petrobrás e subsidiárias no dia 31 de agosto. O seminário será realizado no Rio de Janeiro e discutirá estratégias de negociação,  calendário da campanha e os principais eixos que irão nortear a luta dos petroleiros. Além da direção da FUP, participarão do seminário representantes dos sindicatos filiados.
A negociação deste ano com a Petrobrás e demais empresas do Sistema será focada nas cláusulas econômicas, já que os demais pontos do Acordo Coletivo de Trabalho têm validade de dois anos e, portanto, serão tema da campanha reivindicatória de 2013. A pauta salarial aprovada na III Plenafup tem entre as principais reivindicações 10% de ganho real; reposição da inflação pelo ICV/Dieese, cuja projeção é de 5,94%; regramento das PLRs futuras; reescalonamento da tabela do ATS; reajuste dos benefícios educacionais, tomando como base o maior valor pago pela Petrobrás; tabela única de custeio para a AMS com relação 80 x 20; revisão do enquadramento e do ATS dos anistiados.
Os petroleiros também cobrarão da Petrobrás o atendimento de reivindicações históricas que têm reflexos econômicos para a categoria, como pagamento de todos os extra-turnos (dobradinhas) , inclusão de pai e mãe na AMS, melhorias no PCAC, entre outras.

Insegurança sem trégua, 28 anos após o acidente de Enchova

Há 28 anos, no dia 16 de agosto de 1984, os trabalhadores da Petrobrás viveram o pior acidente de trabalho da história da categoria. Durante um incêndio na plataforma Enchova, na Bacia de Campos, 37 petroleiros morreram durante a queda de uma das baleeiras que retirava os trabalhadores da unidade. A embarcação, lotada com 50 petroleiros, teve um dos cabos enroscados na estrutura de suporte, o que provocou uma descida irregular e, em seguida, a queda no mar de uma altura de 30 metros. Entre os sobreviventes, 19 feridos ficaram permanentemente marcados pela memória do terror que viveram.
Já naquela época, o movimento sindical denunciava as péssimas condições de trabalho, chegando a apontar a política de metas de produção como uma das principais causas do acidente. Passados 28 anos, outros grandes acidentes continuaram acontecendo na Bacia de Campos, principal área de produção da Petrobrás: o afundamento da P-36, com morte de 11 trabalhadores, em 2001; e as sucessivas quedas de helicópteros, em função do caos aéreo que há 10 anos vem sendo denunciado pela FUP e pelo Sindipetro-NF. 
Nos últimos cinco anos, foram registrados cerca de cinco mil acidentes na Bacia de Campos, segundo levantamento feito pelo sindicato com base nas CATs recebidas da Petrobrás, Transpetro e empresas privadas. O Sindipetro-NF constatou a ocorrência de 4.372 acidentes sem afastamento e 605 com afastamento entre janeiro de 2007 e julho de 2012. Somente no ano passado, houve uma média de quatro acidentes por dia na Bacia de Campos, tomando como referência as CATs. Sabemos que esse número é muito maior, pois as empresas descumprem a lei, subnotificando os acidentes.
Quase 30 anos após o acidente em Enchova, a Petrobrás continua cometendo os mesmos erros do passado e pouco aprendeu com a tragédia. Desde 1995, a FUP vem registrando mortes seguidas de trabalhadores em acidentes na empresa. São 315 vítimas desde então, das quais 255 eram terceirizados. No ano passado, 16 petroleiros morreram em acidentes, 14 deles de empresas contratadas pela Petrobrás. Este ano, já são quatro óbitos, todos com trabalhadores terceirizados. É o resultado da falta de prioridade com que a empresa lida com o SMS e, principalmente, da precarização gerada pela terceirização de diversas atividades operacionais e da maior parte da manutenção. Soma-se a isso, o vale tudo das gerências para baterem metas de produção, mesmo que tenham que colocar em risco a vida do trabalhador.

FUP participa de intercâmbio na Noruega para conhecer práticas de SMS no setor petróleo 

Nos dias 14, 15 e 16, representantes da FUP que participam do GT Paritário de SMS, estiveram na Noruega, visitando as empresas de petróleo e os órgãos fiscalizadores para conhecer as práticas de segurança que tem tornado o país referência em prevenção de acidentes na indústria de petróleo. O intercâmbio foi proposto pela FUP à Petrobrás durante os debates que vêm sendo travado com a empresa desde o ano passado, em função do Fórum de SMS, que está discutindo as propostas dos trabalhadores para uma nova política de segurança na empresa. 
Além da FUP, participaram do intercâmbio representantes da Petrobrás das áreas de E&P , RH , SMS e ABAST. A FUP foi em busca de informações sobre registro de acidentes, serviço de busca e salvamento (SAR) para trabalho offshore , CIPAS, exames médicos periódicos, entre outras temáticas que têm sido objeto de discussão no GT Paritário de SMS. Os sindicalistas também aproveitaram a ocasião para informar os petroleiros noruegueses sobre como funciona a organização dos petroleiros no Brasil e os principais embates da categoria na área de segurança.
Essa foi a segunda visita da FUP à Noruega. Em 2009, os sindicalistas brasileiros foram até o país conhecer a legislação do setor petrolífero, o que foi muito importante para a formulação do projeto de lei que os movimentos sociais apresentaram ao Congresso brasileiro, o PLS 531/2009, que encontra-se atualmente em tramitação no Senado.

Assista nesta sexta (17), às 20 horas, na TV Petroleira debate sobre o novo processo de repactuação do Plano Petros

Foi reaberto no dia 13 de agosto o novo processo de repactuação do Plano Petros, visando atender os 22 mil participantes e assistidos que não repactuaram. O prazo para essa nova oportunidade de repactuação prossegue até o dia 11 de outubro. Essa é mais uma conquista da FUP, que vem lutando desde 2007 para estender aos petroleiros que não repactuaram mais uma chance de garantirem as conquistas dos demais 70% dos participantes e assistidos que aderiram à repactuação.
Para esclarecer os trabalhadores sobre essa questão, a FUP estará nesta sexta-feira, 17, no debate sobre a repactuação do Plano Petros, que será transmitido pela TV Petroleira, do Sindipetro-RJ, às 20 horas, através da internet (http://www.tvpetroleira.tv/). Participarão do debate o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, o conselheiro deliberativo eleito da Petros, Paulo Cesar Martin, o diretor do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, e o presidente da Aepet, Sílvio Sinedino. Será uma excelente oportunidade para a categoria confrontar posições e tirar dúvidas sobre a repactuação.
O debate será retransmitido pela TV Petroleira nos dias 20, 21 e 22 de agosto, sempre às 20 horas, acessando na internethttp://www.tvpetroleira.tv/. Durante a semana, o debate também será reproduzido pela TV Comunitária do Rio de Janeiro (TVC Rio), que opera no canal 6 da Net.