Enquanto a Petros mantém o equacionamento, planos acumulam novos déficits

Imprensa da FUP – A Petros publicou em seu portal os resultados de junho dos Planos de Previdência do Sistema Petrobrás. O antigo PP-1, que, após a cisão, foi dividido em PPSP-R (participantes e assistidos que repactuaram) e PPSP-NR (não repactuados), continua apresentando déficits. 

O PPSP-R – que tem 57.289 participantes, dos quais 9.830 ativos e 47.459 aposentados e pensionistas – fechou o mês de junho com resultado negativo de R$ 5,016 bilhões. Já o PPSP-NR, que possui um patrimônio bem menor e conta com 18.865 participantes (sendo que 1.443 ativos e 17.422 assistidos), apresentou um déficit de R$ 2,873 bilhões.

Desta forma, os petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas, que já estão sendo penalizados com taxas extras absurdas decorrente do plano de equacionamento abusivo que foi imposto pela Petros, terão que arcar nos próximos anos com sucessivos déficits e novas contribuições adicionais, penalizando, ainda mais, seus participantes e assistidos.

A FUP sempre afirmou que os problemas do Plano Petros-1 são eminentemente estruturais e que o equacionamento imposto pela Petros não garante a sua sustentabilidade e perenidade. 

Através de seus representantes no Grupo de Trabalho que vem discutindo alternativas para o equacionamento, a FUP apresentou propostas concretas para resolver os problemas de gestão do plano e minimizar consideravelmente o desembolso dos participantes e assistidos com o equacionamento. As alternativas já foram apresentadas ao GT Petros e à diretoria da entidade

A direção da Fundação, no entanto, continua insistindo em um equacionamento injusto e abusivo, que está inviabilizando a vida de milhares de famílias.

Para piorar a situação, a atual gestão não consegue atingir a rentabilidade mínima necessária, aumentando, ainda mais, os novos déficits do PPSP-R e do PPSP-NR.

Mesmo com os participantes da ativa pagando 163% em contribuições extras e os aposentados e pensionistas desembolsando 220% a mais do que já contribuem mensalmente, a diretoria da Petros não consegue sequer melhorar os resultados dos investimentos dos planos.

Esses mesmos gestores, que tentaram transferir para as diretorias anteriores a responsabilidade integral dos déficits do PP-1 e se apresentaram como salvadores da pátria, além de não terem resolvido os problemas do PPSP-R e do PPSP-NR estão agravando ainda mais a situação a que submeteram os participantes e assistidos.

Até quando a Petros vai insistir com esse equacionamento? Até quando seus dirigentes vão ignorar a proposta que a FUP apresentou no GT?