Entenda os efeitos da crise financeira sobre os planos Petros e Petros 2

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O Plano Petros-2 sofreu menos impactos da crise financeira internacional do que o Plano Petros. Os profissionais responsáveis pelos investimentos da Petros esclareceram que, diferentemente do que têm alardeado os divisionistas, o Plano Petros-2 está tendo um desempenho muito melhor do que o Plano Petros. O principal motivo é que, por lei, o Plano Petros-2 ainda não pode concentrar sua carteira de investimentos em renda variável (ações e fundos de participações). 
Em menos de dois anos de existência, o Plano Petros 2 já conta com mais de 24 mil participantes ativos e onze assistidos (uma  aposentadoria por invalidez e dez pensões por morte, com pagamento de pecúlio). O Plano apresenta um patrimônio líquido de cerca de R$ 600 milhões, com rentabilidade média de 8,8% acumulada até setembro deste ano.
Já o Plano Petros está amargando prejuízos com a crise financeira que tem impactado os fundos de pensão em todo o mundo. A rentabilidade média do Plano, acumulada até setembro deste ano, foi de apenas 3,02%. Isso porque mais de 30% de seu patrimônio estavam direcionados antes da crise para carteiras de renda variável, enquanto o Plano Petros-2 tem 95% de seus recursos alocados em investimentos de renda fixa.  Estas explicações foram dadas ao Conselho Deliberativo da Petros, em resposta à solicitação do conselheiro eleito, Paulo César Martin (que também é diretor da FUP). 
Como em todo o mundo, os planos de previdência aplicam boa parte de seus investimentos no mercado financeiro, pois é onde garantem rentabilidade maior. A meta atuarial de desempenho do Plano Petros, assim como do Plano Petros-2, é de 6% acima do IPCA. Independentemente da modelagem do plano (Benefício Definido, Contribuição Variável ou Contribuição Definida), os recursos são direcionados para investimentos no mercado financeiro. A Petros, por exemplo, está aproveitando o período de turbulência financeira para adquirir a preços baixos ações de empresas sólidas, como a Petrobrás, Vale do Rio Doce, Embraer, entre outras.  
Como sempre, os divisionistas desinformam os trabalhadores, inventando mentiras para tentar confundir a categoria. Sem conhecer (ou conhecendo, mas omitindo) os fatos, divulgam em seus boletins que “o Plano Petros-2 tem como base uma carteira de ações” e que o Plano Petros “independe de Bolsa de Valores, pois tem a Petrobrás como garantidora, resiste a qualquer crise”. 
Qualquer petroleiro sabe que os excelentes resultados apresentados nos últimos anos pelo Plano Petros (de Benefício Definido – BD, como os divisionistas fazem questão de frisar) foram em grande parte fruto dos investimentos em ações. Os petroleiros também sabem que, mesmo com estes excelentes resultados, o Plano Petros continuou acumulando déficits estruturais (que hoje já somam mais de R$ 5 bilhões) e por isso entenderam a importância da repactuação para garantir o saneamento do plano. Será que os divisionistas, além de irresponsáveis e inconseqüentes, continuam míopes ou são mesmo levianos?

Seminário da FUP sobre nova lei do petróleo será dia 01/12

Devido ao agravamento da crise financeira mundial, que tem impactado também a indústria de petróleo em todos os países, a FUP adiou para dezembro o seminário Regulamentação do setor petrolífero brasileiro – Um desafio para os trabalhadores, que estava agendado inicialmente para 03 de novembro. O seminário foi remarcado para o dia primeiro de dezembro, para que os debates ocorram em um cenário econômico menos indefinido e com a presença dos palestrantes que já haviam confirmado presença no evento. 
Foram convidados para participar do seminário o presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o diretor geral da ANP, Haroldo Lima, o ambientalista e jornalista Washington Novaes, o presidente nacional da OAB, César Britto, o professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, Ildo Sauer, e o economista e técnico do Dieese, Henrique Jäger. O seminário será realizado no hotel Braston São Paulo, localizado na Avenida Martins Fontes, 330, no bairro da Consolação. Os debates serão mediados pelo coordenador da FUP, João Antônio de Moraes. As inscrições continuam abertas e devem ser feitas pela internet, no hotsite do seminário, que pode ser acessado nas páginas www.presal.org.br ou www.fup.org.br

Norte Fluminense
A FUP participou no último dia 13 do seminário Pré-sal, um desafio para os trabalhadores, realizado pelo Sindipetro-NF, em Macaé. Participaram do debate o professor da USP, Ildo Sauer, o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, o assessor jurídico da FUP e do Sindipetro-NF, Normando Rodrigues, e o economista Henrique Jager, técnico do Dieese/Subseção FUP.

Engenheiros do Rio debatem o 
pré-sal, com participação da FUP

Diversas entidades do Rio de Janeiro, entre elas a FUP e a CUT-RJ, têm participado do fórum semanal promovido pelo Sindicato dos Engenheiros do estado (SENGE-RJ) para discutir mudanças na atual legislação do petróleo. Um dos frutos deste fórum é o seminário O pré-sal é do povo brasileiro que o Senge realizará no dia 27 de novembro, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, que terá como palestrantes os economistas Carlos Lessa e César Benjamin, o geólogo e geofísico João Victor Campos, o professor da USP, Ildo Sauer, e o senador Aloizio Mercadante (PT/SP). 
O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, mediará os debates junto com o diretor da Aepet, Fernando Siqueira.

Setor privado: trabalhadores da Sotep entram em greve

Os trabalhadores da Sotep rejeitaram em assembléias a proposta apresentada pela empresa. Além de referendar o indicativo da FUP de rejeição, a categoria entrou em greve em várias unidades para pressionar a empresa a apresentar uma nova proposta. Apesar dos excelentes resultados financeiros conquistados nos últimos anos, a Sotep propôs aos trabalhadores reajuste salarial que está aquém do que é reivindicado pelos trabalhadores.  
Além de não atender a reivindicação da FUP de ganho real, a empresa ainda não formalizou uma proposta para o plano de cargos e salários, preferindo adiar esta negociação para depois do fechamento do acordo coletivo. A Sotep é uma das principais prestadoras de serviço da Petrobrás, atuando nas áreas de perfuração e manutenção de poços de petróleo, com trabalhadores contratados na Bahia, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. A FUP aguarda uma nova proposta da empresa e intensificará a mobilização dos trabalhadores, caso não haja avanço no processo de negociação.
Exterran e Empercon –  a FUP reúne-se  esta semana para as primeiras rodadas de negociação da campanha reivindicatória. A Exterran é uma multinacional francesa que adquiriu as empresas Hanover e Universal Compression, centralizando os serviços de compressão de gás e manutenção de compressores. 
A multinacional atua tanto no E&P, quanto no refino e tem agido com arbitrariedade em algumas bases, como o Espírito Santo, onde a gerência local vem descumprindo o acordo em relação ao regime de trabalho. Já a Empercon fará sua primeira rodada de negociação com a FUP. A empresa presta serviço na área de sondas, com trabalhadores nas bases do Rio Grande do Norte, Bahia e Rio de Janeiro.

Anistia: FUP questiona critérios adotados pela CEI

A FUP voltou a reunir-se com a Comissão Especial Interministerial (CEI) e representantes da Advocacia Geral da União (AGU) para discutir que critérios estão sendo utilizados na interpretação de Lei 8878/94. A Federação e a categoria têm lutado para que a Lei de Anistia cumpra de fato seu papel de reparação e não seja interpretada de forma restritiva, como se fosse um instrumento de coerção. 
Existe uma contradição grande entre o parecer da AGU sobre o teor da lei e dos decretos emitidos pelo governo e os indeferimentos de pedidos de anistia feitos pela CEI. A FUP chamou atenção para esta contradição e solicitou que os critérios de análise da Comissão Interministerial estejam em consonância com a AGU. A Federação está preparando junto com as lideranças dos anistiados uma grande mobilização em Brasília ainda este ano para cobrar o cumprimento da lei. 
No dia 09 de outubro a FUP e a Gerência de RH da Petrobrás já haviam se reunido com a CEI para cobrar agilidade na análise dos requerimentos de ex-empregados do Sistema Petrobrás que pleiteiam a anistia das demissões arbitrárias sofridas no Governo Collor.