O Sindipetro-NF vai marcar a passagem do 15 de março, quando a categoria petroleira lembra a tragédia da P-36, de um modo diferente neste ano: homenageando as famílias dos trabalhadores que foram vítimas do acidente, que por mais de duas décadas enfrentam suas dores e lembranças para estarem conosco nos atos anuais e nas demais lutas pela vida.
Petroleiros e petroleiras, individualmente ou em grupos por unidades e locais de trabalho, podem mandar vídeos com palavras de agradecimento para [email protected]. O sindicato estimula muito que cada um e cada uma não deixe de registrar a sua gratidão a estes guerreiros e guerreiras.
Como lembra o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira, tem sido tradição do sindicato e da categoria a realização de atos, especialmente no Heliporto do Farol de São Thomé, para homenagear os 11 trabalhadores que perderam suas vidas na tragédia. Estes companheiros jamais serão esquecidos, mas também é necessário lembrar toda a dedicação dos seus familiares à manutenção dessa memória e e da luta em defesa da vida.
“As famílias vítimas do acidente de P-36 estão há 22 anos nessa luta pela segurança dos trabalhadores e trabalhadoras a bordo das plataformas, uma luta que a cada ano reverbera a dor, a revolta, e isso se transforma em garra dessas famílias para continuar essa luta, e nada mais justo do que após esses 22 anos que a categoria petroleira agradeça a essas famílias por toda a luta que elas vêm fazendo ao longo desses anos que, com certeza, salvou várias vidas de trabalhadores e trabalhadoras. O Sindipetro-NF, em nome de toda a categoria petroleira, agradece imensamente às famílias desses trabalhadores”, registra Alexandre.
Assistente social do Sindipetro-NF, Maria das Graças Alcântara é a profissional da entidade que mais tem contato com as famílias das vítimas da P-36 durante todos esses anos. Ela também lembra o compromisso do sindicato com essa memória e com a luta permanente pela segurança.
“O Sindipetro-NF têm cumprido ao longo desses anos o compromisso firmado com essas famílias de não deixar que esse acidente e essas mortes caiam no esquecimento e que a morte desses trabalhadores não tenha sido em vão. Que elas signifiquem melhoria nas condições de trabalho dos petroleiros. Nessa caminhada, essas famílias lutaram e continuam lutando, chamando a categoria para que junto com o sindicato mantenham aceso o princípio de mais segurança no trabalho. Esse é o legado deixado por esses homens, expresso na coragem desses familiares”, testemunha a assistente social.