A criação de uma quinta turma para o setor privado, o que tornaria possível a escala de 14 de trabalho por 21 de folga para os petroleiros das empresas contratadas pela Petrobrás, está entre as propostas que serviram de base para o lançamento, nesta semana, da Frente Parlamentar de Acompanhamento do Polo Gaslub em Defesa dos Empregos na Área de Petróleo, Gás e Indústria Naval.
A Frente, da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro), foi lançada em sessão no plenário da Casa na última quarta, 25, em iniciativa do mandato da deputada Verônica Lima (PT). A atividade contou com grande participação de lideranças sindicais e de base petroleiras, entre elas a do coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
O Sindipetro-NF foi representado pelos diretores Tezeu Bezerra, Alessandro Trindade e Luiz Carlos Mendonça (Meio Quilo). Também participaram o presidente da CUT-RJ, Sandro César, e o diretor da CNQ, Antônio Carlos Pereira (Bahia).
“Foi o máximo, foi fenomenal, plenário lotado, petroleiros, sociedade civil, parlamentares, todo mundo em apoio, Sindinaval, Sindicato dos Metalúrgicos, Senge, Crea, todos eles em apoio porque a gente precisa destravar, precisa fazer evoluir o Estado do Rio de Janeiro para poder gerar emprego e renda”, comemora Alessandro Trindade.
O sindicalista explica que é necessário criar condições para o aproveitamento ao máximo das oportunidades que se abriram com o lançamento recente do PAC 3 (Programa de Aceleração do Crescimento), pelo governo federal, que prevê, pela Petrobrás, investimentos de R$ 323 bilhões, com perspectiva de construção de 19 plataformas para atuação no pré-sal.
A indústria naval fluminense também será beneficiada pelo descomissionamento e desmantelamento de 54 plataformas até 2030, que precisam ser demontadas observando uma série de exigências ambientais e de engenharia que geram muitos empregos. Para esta atividade, de acordo com Trindade, foi aberta linha de crédito do BNDES.
Durante a audiência, o mandato da deputada distribuiu um material que reúne propostas para serem encaminhadas pela Frente Parlamentar, entre elas está a que defende o 14×21 para os petroleiros e petroleiras do Setor Privado, uma luta antiga do Sindipetro-NF e demais sindicatos petroleiros.
“Incluir nos contratos estabelecidos entre a Petrobrás e o setor privado a criação da 5a turma para setor privado, alterando o regime para uma escala de 14×21 dias”, registra o ítem 16 do conjunto de propostas (veja no final da página).
O documento também inclui a defesa do retorno de obras paradas, a política de conteúdo local, investimentos em estaleiros, investimento em pesquisa, incentivos ao setor naval, entre diversas outras que visam a retomada da indústria do petróleo como fomentadora da geração de empregos e do desenvolvimento social.
Confira matéria da TV Alerj sobre a audiência:
As propostas da Frente Parlamentar
A4