Escalas exaustivas em operações submarinas aumentam risco de acidentes

O Sindipetro-NF continua a receber várias denúncias dos trabalhadores sobre escalas exaustivas neste período de pandemia da covid-19. Na semana passada, a entidade recebeu informações de que nas atividades das gerências de Operações Submarinas — de mergulho e instalação de oleodutos e gasodutos — estão sendo praticadas escalas de 28 dias de folga por 28 dias de trabalho a bordo para o pessoal da Petrobrás.

Para os petroleiros de empresas privadas a situação é ainda mais grave. Antes da pandemia já atuavam na escala desumana do 14×14, e agora piorou: estão à disposição da empresa por 35 dias (9 em hotel confinado fazendo quarentena, e 26 embarcados), com 21 dias de folga. Há também relato sobre empresa que pratica 39 dias de trabalho por 19 de folga.

O sindicato cobrou da Petrobrás o fim dessas escalas que aumentam muito o risco de acidentes e mortes, especialmente nesta área de atuação.

“Essas atividades são muito perigosas, que trabalham com cargas e movimentações pesadas. E os acidentes nessas atividades são em geral graves. No mergulho tivemos dois dos últimos três óbitos recentes nas áreas operacionais”, afirma o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.

A Petrobrás ainda não respondeu ao sindicato sobre as escalas exaustivas e o risco a que está expondo os trabalhadores da empresa e do setor petróleo.

Denuncie

O Sindipetro-NF orienta a categoria a manter a entidade informada sobre as condições de saúde, segurança e habitabilidade. É garantido o sigilo sobre a identidade do denunciante. Informações podem ser enviadas para [email protected] ou relatadas diretamente pelos celulares da diretoria (aqui).