Estupro é reflexo de sociedade machista que “coisifica” a mulher, afirma diretora do Sindipetro-NF

Diretora do Sindipetro-NF e integrante do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, Conceição de Maria Rosa avalia que o caso de estupro de uma adolescente de 16 anos, no Rio, nesta semana, por mais de 30 homens, “é reflexo de uma sociedade machista que desumaniza a relação de respeito e coisifica a mulher dentro de um abuso de poder de uso que é condenado pelas feministas e por todos os movimentos sociais voltados à equidade de gênero”.

O Sindipetro-NF, que no último final de semana sediou o Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras da FUP, tem contribuído nos debates sobre gênero no movimento sindical petroleiros e nos movimentos sociais.

“O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras refletiu sobre o protagonismo da mulher e o enfrentamento à violência em todos os campos de atuação. Que passa hoje na cabeça das mulheres que todos os dias são vitimas de violência? Como fica a saúde mental dessas mulheres? Pois há estupros silenciados onde não conseguem chegar a uma delegacia e denunciar”, lembrou a sindicalista.

Para Conceição, é necessário aprimorar a proteção às mulheres em situação de violência, assim como os “mecanismos de rede que garantam e efetivem a aplicação da Lei Maria da Penha”.

A manifestação da diretora sobre o caso, que também inclui uma poesia, está disponível na íntegra na seção de opinião (aqui).

No Brasil, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, é registrado um estupro a cada 11 minutos. Entidades de defesa da mulher, no entanto, afirmam que a realidade é ainda mais grave, pois muitas mulheres ainda resistem em registrar os casos, temendo represálias ou desestimuladas pela família.