Executivo da Petrobrás diz que não existe motivo para greve na empresa

O diretor de assuntos corporativos da Petrobrás, Hugo Repsold Jr, disse nesta quarta-feira que a gestão da empresa está muito próxima de uma convergência com os sindicatos de petroleiros, em relação á negociação das cláusulas econômicas do Acordo Coletivo Atual. Hugo disse não ver motivos para a realização de uma greve por parte dos trabalhadores petroleiros.

De acordo com o diretor: ’’não vamos ter motivos para ter greve. Vamos nos esforçar ao máximo. Já colocamos uma oferta e precisamos que o sindicato faça algumas concessões, ceda. Existe uma interseção daquilo que eles desejam e daquilo que a gente pode dar’’. De acordo com ele, a gestão da Petrobrás está disposta a negociar com os sindicatos, porém ressaltou que existe um limite de onde a empresa pode ceder. Depois o diretor da empresa complementou: ’’E a gente precisa respeitar os limites. Mas a gente sempre vai estar disposto a negociar e convergir, porque estamos muito próximos desta convergência’’.

Hugo Repsold Junior contou que a empresa deve concluir até o primeiro trimestre o plano dedicado a gestão da força de trabalho. Nessa linha, o executivo espera que o número de funcionários da holding chegue a 50 mil até 2018. De acordo com o diretor da empresa, a Petrobrás deverá manter 50 mil funcionários, em condições de equilibro entre as pessoas se aposentarão e novas contratações. A ideia de Repsold é que exista novas contratações.

Quando foi questionado sobre a possibilidade de implantação de programa de incentivo ao desligamento voluntário em subsidiárias da Petrobrás, Repsold contou que esta iniciativa pode ser feita de forma pontual, quando for necessário. Ele afirma que “Coisas pontuais que podem requerer algum PIDV vamos fazer, para coligadas, subsidiárias quando for necessário”.

Ao contrário do que diz Hugo Repsold, existem motivos de sobras para realizar uma grande greve na Petrobrás. Conforme jé denunciamos, está em curso a entrega do Pré Sal para a empresa holandesa Shell e também a privatização da empresa como um todo. Além de estar em jogo a entrega da riqueza nacional para as grandes empresas de fora, está em jogo também o emprego destes trabalhadores.

É preciso uma forte batalha dos trabalhadores da Petrobrás junto com os demais setores populares da sociedade que se enfrente não somente com a privatização em curso da empresa, mas também contra os esquemas de corrupção que ocorrem dentro dela. Mais do que nunca é preciso lutar por uma Petrobrás 100% estatal sob o controle dos trabalhadores e controle dos demais setores populares da sociedade.

 

VIA Esquerda Diário