Uma grande explosão em uma caldeira da Refinaria de Paulínia, em São Paulo, por volta de 1h30 de hoje, colocou em risco as vidas de trabalhadores da unidade e expôs, mais uma vez, o quadro de insegurança que atinge as bases de terra e unidades marítimas do sistema Petrobrás.
De acordo com a Petrobrás, o fogo foi controlado pela brigada de emergência da própria refinaria, não houve vítimas e equipes do Corpo de Bombeiros atuam nesta manhã no trabalho de rescaldo. A produção foi paralisada.
Segundo relatos dos trabalhadores, o incêndio que provocou a explosão ocorreu entre as unidades de craqueamento e destilação, local considerado o “coração da refinaria”.
A explosão foi sentida a vários quilômetros pelos moradores da região, por meio de um forte tremor. Muitos fizeram fotos e vídeos que mostram a grande altura das chamas.
O coordenador de comunicação do Sindipetro Unificado SP, Gustavo Marsaioli, disse à imprensa do Sindipetro-NF, nesta manhã, que as informações sobre a origem da explosão ainda são desencontradas e que precisam ser melhor apuradas.
O diretor sindical também confirmou que a refinaria está praticamente paralisada e que não houve feridos. O funcionamento está restrito apenas a algumas áreas do setor de utilidades. O grupo de trabalhadores da noite continua na unidade, mas a previsão é a de que saiam às 9h e que fiquem apenas os trabalhadores diretamente envolvidos na retomada da produção e na manutenção das áreas danificadas.
De acordo com Marsaioli, o sindicato já vinha questionando o baixo efetivo da refinaria e manifestado preocupação com decisão tomada pela Petrobrás, anunciada na semana passada, de que não iriam ser renovados os contratos de viaturas de emergência — passando a atuar em parceria com o corpo de bombeiros.