Explosão que matou nove petroleiros no ES completa um ano, com ato por segurança

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Os petroleiros do Espírito Santo realizam na próxima quinta-feira, dia 11 de fevereiro, um ato para marcar um ano do acidente na FPSO Cidade de São Mateus, onde 09 trabalhadores morreram, 26 ficaram feridos e 36, traumatizados. O acidente foi causado por uma explosão na casa de bombas, em função de um vazamento de gás que já era recorrente e de conhecimento dos gestores, que nada fizeram para corrigir o problema.

O gerente da BW Offshore, empresa proprietária do navio plataforma contratado pela Petrobrás, foi indiciado pela Polícia Federal por homicídio doloso e lesão corporal grave, que podem lhe render até 20 anos de prisão. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) também responsabilizou os gestores da BW e da Petrobrás por descumprirem 28 itens do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional.

O relatório da ANP apontou ainda que a principal causa da explosão na FPSO foi a estocagem indevida de condensado, que, além de não estar prevista no contrato que a BW assinou com a Petrobrás, não poderia jamais ser feito pelo navio plataforma, pois a embarcação não foi projetada para essa finalidade. Tudo isso sob as barbas dos gestores da estatal, que permitiram que a FPSO se transformasse em uma bomba relógio, com 74 trabalhadores a bordo.