Fazendo o jogo da direita: PSTU/Semlutas prega o voto nulo

Imprensa da FUP

Mais uma vez, o PSTU e o seu braço sindical, a Semlutas, cometem um equívoco histórico, ao pregarem o voto nulo neste segundo turno da eleição presidencial, onde estão em disputa dois projetos antagônicos de país. Como sempre, investem na divisão da classe trabalhadora e deixam claro que não têm qualquer compromisso com o povo brasileiro. Ao defenderem o voto nulo, os dirigentes e militantes do PSTU e da Semlutas optam por fazer o jogo da direita, apostando na irresponsável tática do quanto pior, melhor.

Essa, aliás, é a marca registrada dos divisionistas. A apologia do voto nulo numa eleição decisiva como esta é muito mais do que um erro histórico. É o reflexo de um projeto político esquizofrênico e sem respaldo dos trabalhadores. Vide os 84 mil votos conquistados pelo candidato do PSTU na eleição presidencial. Imagine se os rumos da Petrobrás e do país seguissem a trajetória apontada por estes divisionistas? Não teríamos elegido o presidente Lula, o Brasil certamente estaria afundado no projeto neoliberal dos tucanos e demos e a Petrobrás, privatizada.
Basta olharmos para trás e lembrarmos dos ataques sistemáticos do PSTU e da Semlutas às conquistas dos petroleiros e às mudanças implementadas pelo governo na gestão da Petrobrás, onde o Estado aumentou de 55% para 64% o controle sobre a empresa e reduziu a participação acionária dos investidores estrangeiros de 38% para 26%. Mesmo com a acirrada campanha do contra feita pelos divisionistas, a categoria retomou uma série de direitos que havia perdido no passado e avançou em várias conquistas, como dobrar o efetivo próprio da Petrobrás, através da admissão de 40 mil concursados, e acabar com as discriminações de direitos e salários entre trabalhadores novos e antigos. O PSTU e a Semlutas apostam no retrocesso ao fazerem o jogo da direita, pregando o suposto voto nulo, que, nada mais é, do que avalizar o projeto político dos tucanos e demos.     
A FUP espera que estes companheiros revejam sua posição e construam a unidade para impedir a eleição de Serra. Ainda que tardiamente, como fizeram, ao somarem-se  no último instante aos movimentos sociais na luta pela retomada do monopólio estatal do petróleo, através do projeto de lei apresentado pela FUP ao Congresso Nacional.