Fim de semana com ato público em Macaé contra golpe e pela democracia

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Militantes de Macaé realizaram na manhã do último sábado, 2, na Praça Veríssimo de Melo, ato público contra o golpe e pela democracia. O Sindipetro-NF foi uma das entidades participantes. Cerca de 80 pessoas estiveram na atividade, que também foi considerada uma espécie de “descomemoração” dos 52 anos do golpe de 1964.

Além de petroleiros, participaram integrantes do MST, estudantes e militantes de partidos de esquerda. “Os integrantes das esquerdas, nas importantes cidades do interior, sentiam falta de fazerem atos locais, em fins de semana, para olhar nos olhos da população e, publicamente, denunciar o golpe midiático-judiciário”, avalia o diretor do Sindipetro-NF, Marcelo Nunes, que esteve no protesto.

Nunes avaliou como positivo o contato com a população de Macaé na praça, neste momento de ânimos exaltados. “Apesar de eventualmente sermos hostilizados, conseguimos mostrar que os atos tranquilos, onde o respeito e a pluralidade são estimulados, efetivamente acontecem”, disse ele.

Diretora do NF, Conceição de Maria Rosa também participou da manifestação. Para ela, a atividade na praça pública teve o papel de mostrar que o contraponto aos argumentos pró-golpe também está na rua. Ela avalia que foi possível notar, em muitos momentos, um certo comportamento “defensivo” na população, mas que isso pode ser revertido.

“As pessoas estão atordoadas com esse bombardeio da imprensa. Ficam sem saber o que pensar. Não vimos agressividade, mas notamos as pessoas um pouco na defensiva. O que temos que fazer é cada vez mais ir para a rua para ter esse contato. Não basta gritar “não vai ter golpe”, tem também que conversar muito para explicar uma realidade complexa”, afirma a diretora.

Para ela, Macaé sofre um impacto ainda mais específico em todo este cenário, em razão do papel central da Petrobrás na economia da cidade. “Temos que debater muito com a população sobre o que realmente está em jogo no setor petróleo e o que está por trás dos ataques à empresa”, defende a sindicalista.

Está prevista ainda para esta semana uma reunião dos organizadores do ato do último sábado para avaliar os resultados do protesto e programar novas atividades. Também estará em pauta uma avaliação dos efeitos do ato do último dia 31, em Brasília, que teve a participação de militantes de Macaé e de Campos dos Goytacazes.

 

[Militantes reunidos na Praça Veríssimo de Melo, em Macaé / Foto: Fernanda Viseu]