A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encaminhou um parecer técnico ao Ministério Público do Trabalho reconhecendo como adequada a Proposta de Protocolo de Embarque e Testagem para COVID-19 nos Petroleiros, preparada pelas duas Federações (FUP e FNP) e Sintasa.
No parecer, a Fiocruz apenas inclui o teste sorológico sanguíneo e indica que este teste deve ocorrer uma única vez, na primeira coleta sanguínea, antes do primeiro embarque, pelo novo protocolo sugerido. Desta forma, ele irá detectar anticorpos que podem levar de 1 a 3 semanas após a infecção para serem produzidos pelo sistema imunológico.
“O teste sugerido detecta a presença de anticorpos (IgM e IgG), marcadores de infecção recente e tardia, respectivamente. A detecção dos anticorpos IgM tende a indicar uma resposta imune recente, enquanto detecções de anticorpos IgG indicam uma fase posterior, sendo utilizados para a vigilância e triagem, importantes ações para acompanhamento da saúde dos trabalhadores” – diz o parecer da Fiocruz, que também reforça a necessidade do trabalhador com IgM POSITIVO continuar no isolamento social e trabalhar presencialmente. Além de orientar que o trabalhador só retorne ao trabalho quando o IgM estiver NEGATIVO.
O Ministério Público do Trabalho já informou à Petrobrás e orientou a adoção do protocolo sugerido pelos sindicatos e aprovado pela Fiocruz. Em paralelo, o Sindipetro-NF irá cobrar a implantação e acompanhar esse processo. O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, considera como muito positivo o parecer da Fiocruz, que demonstra que os sindicatos estavam desde o início da pandemia orientando corretamente a testagem dos trabalhadores do setor petróleo.
Veja documentação abaixo: