Fundos que compram partes da Petrobras são tema de livro com apoio do NF e da FUP

Do Boletim Nascente – Pesquisador que há muitos anos se dedica ao entendimento da dinâmica da indústria do petróleo e acumula muitas contribuições para a categoria petroleira, por meio de participação em congressos e publicações em seu blog (www.robertomoraes.com.br), o professor e engenheiro do IFF (Instituto Federal Fluminense), Roberto Moraes Pessanha, acaba de lançar o livro “A “indústria” dos fundos financeiros – Potência, estratégias e mobilidade no capitalismo contemporâneo”, pela editora Consequência.

A obra — sobre a financeirização e a “indústria” dos fundos de investimentos, discutindo a relação entre o capital produtivo e o capital financeiro — teve o apoio do Sindipetro-NF e da FUP para a sua publicação. Em breve, as entidades organizarão atividades de lançamento do livro, que já está disponível para venda no site da editora (bit.ly/2WS5m5T), na Amazon (amzn.to/2xcrs4D) ou diretamente com o autor ([email protected]).

“O assunto dos fundos se relaciona ao setor de petróleo na medida em que boa parte dessas vendas das subsidiárias e ativos da Petrobrás estão sendo para estes fundos financeiros globais”, explica Roberto, que é mestre pela UFRJ e doutor pela Uerj, com estágio doutoral na Universidade de Barcelona.

Mobilidade frenética

Nos textos de apresentação, os pesquisadores Floriano Godinho de Oliveira e Sandra Lencioni destacam a contribuição do livro para a compreensão do estágio atual do capitalismo.

“Pessanha destaca que, mesmo em ambientes de intensa fluidez do capital e de financeirização, que viabilizam, inclusive, inúmeras rendas classificadas derivadas, deve-se evitar a dissociação entre capital produtivo e capital financeiro, já que não se pode desconsiderar a importância da conjugação entre os novos e velhos processos de acumulação do capital na atual fase acumulativa”, explica Oliveira, que é professor da Uerj.

Professora do Departamento de Geografia da USP, Lencione afirma que o autor “apresenta uma análise da frenética mobilidade dos fundos financeiros no capitalismo contemporâneo no qual as finanças desenvolvem um mundo de ficção em que o valor se confunde com o antivalor, e o capital, com o capital fictício”.