A construção de um acordo nacional é uma das conquistas do atual ACT, que visa garantir parâmetros mínimos de trabalho e segurança para os paradeiros em todas as refinarias
[Da comunicação da FUP]
As entidades sindicais que representam nacionalmente os trabalhadores petroleiros (FUP), metalúrgicos (CNM) e da construção civil (CONTICOM) realizaram nesta quinta-feira, 27, mais uma rodada de negociação com a Petrobrás para construção do primeiro acordo nacional dos trabalhadores que atuam nas paradas de manutenção das refinarias.
Em março, a FUP e as confederações já haviam participado da primeira reunião com a empresa para discutir condições básicas de trabalho dos paradeiros. Além da Petrobrás, também participaram da reunião desta quinta representantes de empresas que prestam serviço para a estatal.
A construção de um acordo nacional é uma das conquistas do atual ACT, que, de forma inédita, garantiu o compromisso da Petrobrás em atender essa reivindicação antiga da FUP e de seus sindicatos. O objetivo é garantir em todas as refinarias parâmetros mínimos de trabalho e segurança nas paradas de manutenção, que mobilizam milhares de trabalhadores, a maioria deles contratados em situações bastante precarizadas.
Na negociação com a Petrobrás, as entidades sindicais apresentaram uma pauta unitária com 14 itens elementares para a construção de um acordo nacional, como piso mínimo para salário, vale alimentação e refeição (café da manhã); abono indenizatório; aviso prévio indenizado; pagamento da PLR proporcional; plano de saúde; auxílio transporte, entre outras reivindicações para garantir condições seguras de trabalho nas paradas de manutenção.
“É fundamental nivelar os contratos para melhorar as condições de trabalho, benefícios, salários e segurança, já que existem defasagens imensas de direitos dos trabalhadores contratados por diferentes refinarias da Petrobrás, com grandes distorções de um estado para outro do Brasil”, explica Sérgio Borges, diretor da FUP. Ele lembra que os trabalhadores que prestam serviço para a Petrobrás foram bastante impactados nos governos Temer e Bolsonaro por contratos precarizados, com reduções drásticas de direitos e benefícios que só agora estão sendo recuperados.
“A política que a gestão da empresa adotou, de contratação pelo menor preço para maximizar ainda mais o lucro para os acionistas, prejudicou imensamente esses trabalhadores. O que sobrou foi uma condição de trabalho bastante precarizada, com salários reduzidos, benefícios cortados. Só agora, no governo Lula, estamos conseguindo resgatar os direitos desses companheiros, uma luta que só está começando e exige organização, luta e unidade das categorias”, ressalta o diretor da FUP.