FUP cobra explicações da Petrobrás sobre boatos de novo PDV e torna a enfatizar urgência de recomposição dos efetivos

A urgência da recomposição dos efetivos do Sistema Petrobrás foi destaque em várias reuniões temáticas do ACT, dada a situação dramática da categoria petroleira diante de equipes de trabalho extremamente reduzidas, o que compromete a saúde e a segurança dos trabalhadores, assim como a continuidade e a segurança das operações

[Da comunicação da FUP]

Em documento enviado à Petrobrás, a FUP cobra esclarecimentos sobre notícia divulgada pela mídia de que a empresa estaria preparando um Programa de Demissão Voluntária (PDV) voltado para aposentados que continuam trabalhando. Segundo as informações veiculadas pelos jornais, o programa já teria sido aprovado pela Diretoria Executiva e será objeto de deliberação do Conselho de Administração, que reúne-se sexta, 31/10.

A FUP enfatiza no documento que “qualquer Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV/PDV) deve ser previamente negociado com as entidades sindicais representativas da categoria, em respeito à transparência, ao diálogo social e à preservação das condições de saúde e trabalho”.  Além disso, foi cobrada uma “manifestação formal” da empresa sobre a prorrogação do concurso público vigente, reforçando o compromisso assumido pelos gestores no Fórum de Efetivo, realizado em fevereiro.

A reivindicação das entidades sindicais para que a Petrobrás e a Transpetro zerem os cadastros de reserva foi amplamente defendida no Fórum e também nas reuniões de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. A urgência da recomposição dos efetivos do Sistema foi destaque em várias reuniões temáticas realizadas nos últimos dois meses, dada a situação dramática da categoria petroleira diante de equipes de trabalho extremamente reduzidas, o que compromete a saúde e a segurança dos trabalhadores, assim como a continuidade e a segurança das operações.

O desmonte do Sistema Petrobrás nos governos Temer e Bolsonaro resultou em uma redução drástica dos efetivos próprios e também dos prestadores de serviço. É inconcebível que, em plena campanha reivindicatória, a gestão da empresa cogite realizar qualquer medida de reestruturação de forma unilateral e sem previsão de novos concursos públicos.