Da Imprensa da FUP – Primeira reunião do GT sobre anistia lembrou da perseguição que os petroleiros sofreram nos governos Temer e Bolsonaro com atos antissindicais e repressão a trabalhadores.
“Coisas banais como até mesmo um botão de camisa desabotoado ou não segurar no corrimão da escada do prédio administrativo, viraram motivos de punições severas e até mesmo demissão em governos passados, enquanto áreas de risco como refinarias estavam sendo precarizadas para serem vendidas a preço de banana”, afirmou o diretor da FUP, Paulo Neves, ao relembrar as perseguições políticas sofridas pelos sindicalistas e seus apoiadores entre 2016 e 2022.
Para o advogado da Federação, este é o momento para que a Petrobrás corrija as arbitrariedades realizadas pelos últimos governos que implementaram linhas políticas antidemocráticas e antissindicais e reverter as demissões e punições que ocorreram neste período como uma ‘reparação histórica’. De acordo com ele, o debate promovido no GT pode ser o embrião para uma reedição da Lei de Anistia.
A FUP cobrou na pauta apresentada nessa primeira reunião o reestabelecimento de uma comissão ou estrutura dentro da companhia que trate sobre anistia, antigas e novas. Além da criação de nova uma cláusula de anistia no ACT. E da elaboração de um acordo nos termos da ONU, com o escopo da OIT, tendo assim uma chancela institucional com boas práticas sindicais. O objetivo é proteger os trabalhadores, independente do governo
Também foi feito um pedido de informação para que a companhia disponibilize a listagem de trabalhadores que sofreram algum processo disciplinar entre 2016 e 2023 para que a FUP possa comparar com a lista de denúncias recebidas pelos sindicatos ao longo dos anos, e, assim, possa dar encaminhamento para cada caso.
De acordo com a empresa está sendo elaborada uma lista com os mais de 800 nomes que será enviada ao Ministério do Trabalho para ajudar no processo de atualização da remuneração dos anistiados.
O encontro do GT será quinzenal, às 14h de terça-feira, em formato híbrido.