FUP: Divisionistas são fragorosamente derrotados na eleição do Sindipetro-BA e nas assembleias de PLR

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Da Imprensa da FUP

Sindicato é coisa séria: Divisionistas são fragorosamente derrotados na eleição do Sindipetro-BA e nas assembleias de PLR

Nesta última semana, duas campanhas relevantes para a organização da categoria petroleira colocaram em xeque a política de desconstrução imposta pelo agrupamento que faz oposição à FUP. Os divisionistas foram fragorosamente derrotados nas assembleias que aprovaram o regramento da PLR e também na eleição do Sindipetro Bahia, um dos maiores sindicatos petroleiros do país. A chapa 2, formada por militantes da FUP, da CUT e da CTB, conquistou 2.509 votos, quase o dobro da Chapa 1 (1.482), cujos integrantes fazem parte da já desgastada turma do contra, a mesma que foi massacrada nas assembleias que consolidaram o vitorioso acordo de regramento da PLR.

Nas urnas e nas assembleias, a categoria está dando um basta àqueles que há oitos anos, desde que saíram da FUP, nada fazem e nada propõem para avançar nas lutas dos trabalhadores, estagnados na retórica caduca da negação pela negação. Assim agiram em relação à PLR e assim tem sido em todas as campanhas de negociação com a Petrobrás. Chegaram ao absurdo de exigir que a empresa não aplicasse as novas regras para a PLR 2013, mesmo sabendo que isso significaria prejuízos financeiros para os petroleiros.

Sem discurso e ação sindical e nem mesmo unidade entre eles, os divisionistas bateram cabeça para tentar justificar o injustificável: uns fincaram pé e defenderam veementemente a rejeição do acordo, outros sequer sustentaram seus argumentos nas assembleias e aqueles que posam de mais radicais propuseram uma aliança com a justiça burguesa para garantir a quitação da PLR 2013 conforme o regramento que eles tanto defenestraram. Foram massacrados pelas bases. Só em uma assembleia, no edifício sede da Petrobrás, que deveria ser o cartão de visitas do Sindipetro, foram 258 votos a favor do acordo conquistado pela FUP e 11, contrários. E a direção do RJ ainda comemorou o fato da sua base poder receber junto com os sindicatos da FUP!

O episódio mais lamentável, no entanto, ocorreu no Sindipetro Pará, cuja direção é dominada há décadas pelo PSTU. Os trabalhadores rejeitaram o regramento, confiando na proposta absurda dos divisionistas de buscar na justiça a extensão do acordo que eles mesmos indicaram a rejeição. Menos de 48 horas depois, refizeram as assembleias, alegando que o “cenário nacional” não lhes era favorável.

Que dirigente sindical deixa os trabalhadores completamente à deriva e reféns de suas atrapalhadas políticas? É assim que agem os divisionistas, de forma aventureira e irresponsável, sem qualquer protagonismo ou ação sindical. Orbitam em torno de disputas e picuinhas e nada fazem em prol do trabalhador. Sindicato é coisa séria. É o principal instrumento de organização dos trabalhadores.  Os petroleiros sabem disso e continuarão apontando nas urnas que o fortalecimento da FUP na reconstrução da unidade nacional é o caminho para avançar nas lutas da categoria.

 

Sindicato fupista passa a representar trabalhadores da FAFEN-MS

O Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo agora representa também os trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Em assembleia realizada no último dia 27, os trabalhadores da Fafen-MS aprovaram por unanimidade a representação do sindicato fupista. A fábrica começará a operar em setembro, com capacidade para produzir anualmente 1,2 milhão de toneladas de uréia, ampliando a participação da Petrobrás no setor petroquímico e contribuindo para a diminuição das importações desse insumo essencial para a agricultura. O Brasil importa hoje 59% da ureia que consome.

Atualmente, a Fafen-MS conta com 150 trabalhadores próprios, mas deverá dobrar o efetivo após a unidade entrar em operação. Segundo a Petrobrás, ela será a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. Para a FUP, a representação desses trabalhadores além de fortalecer a organização nacional da categoria, é estratégica para a luta histórica da categoria por maior participação do Estado no setor petroquímico, que foi desmantelado e privatizado pelos governos neoliberais nos anos 90. Através de seus sindicatos, a FUP já representa os trabalhadores da Fafen Bahia e da Fafen Paraná, além dos trabalhadores da Petroquímica Suape (Pernambuco) e do Polo Petroquímico da Bahia.

 

Após filiação à FUP, Sindiquímica-PR conquista acordo histórico

O Sindiquímica Paraná, que completou em fevereiro um ano de filiação à FUP, conquistou um acordo histórico para os trabalhadores da antiga Fosfértil, subsidiária da Petrobrás que foi privatizada em 1994 e que retornou ao Sistema no ano passado, após duas décadas de luta da categoria. Rebatizada para Araucária Nitrogenados após a privatização, a unidade voltou a ser 100% Petrobrás, reintegrando o setor de fertilizantes nitrogenados da estatal, como Fafen-PR.

Ao longo dos últimos seis meses, a FUP e o Sindiquímica estiveram à frente do processo de negociação do primeiro Acordo Coletivo de Trabalho após a reintegração ao Sistema Petrobrás. Em assembleia no último dia 25, com participação de mais de 400 trabalhadores da ativa e aposentados,  a categoria aprovou a proposta arrancada na luta e com atuação decisiva da FUP nas negociações. “A unidade nacional garantiu a igualdade de direitos para esses trabalhadores, inclusive na data base, que antes era novembro e agora é setembro como nas demais bases da FUP”, ressaltou o diretor da Federação, Mário Dalzot.

Para os trabalhadores da nova Fafen-PR, além dos avanços trazidos pelo acordo, a principal vitória é a consolidação do retorno ao sistema Petrobrás. “A maior conquista é a volta para a Petrobrás, onde a luta e a negociação deixarão de ser apenas regionais e passarão a ser a nível nacional, em conjunto com a FUP, o que representa uma garantia a mais para os trabalhadores”, destacou Marco Godinho, um dos 402 petroquímicos que votaram a favor do acordo na assembleia, que teve apenas quatro votos contrários.

 

Insegurança faz mais uma vítima fatal na Bacia de Campos

A insegurança no Sistema Petrobrás fez mais uma vítima fatal. Domingos Camilo Tancredi, de 60 anos,  imediato de uma embarcação de apoio que prestava serviços para a Petrobrás na Bacia de Campos, perdeu a vida em um acidente na madrugada do último dia 26, ao sofrer uma queda quando descia a escada do passadiço e bateu a cabeça. Um enfermeiro da P-31, unidade da Petrobrás que estava mais próxima do local do acidente, chegou a transbordar Domingos para o navio, mas ele já tinha falecido.

A embarcação onde o trabalhador sofreu o acidente é operada pela Tranship e presta apoio logístico às plataformas marítimas da Petrobrás.  O diretor do Sindipetro-NF, Marcelo Abrahão, vai acompanhar os trabalhos da comissão de investigação, que terá representante do Sindicato dos Marítimos. Domingos era casado e pai de três filhos.

Desde 1995, quando a FUP começou a contabilizar os acidentes fatais no Sistema Petrobrás, foram registrados 331 óbitos, segundo informações dos sindicatos. Destes, 267 foram com trabalhadores terceirizados e 61 com efetivos próprios.  Segundo o Sindipetro-NF, só na Bacia de Campos ocorreram 126 óbitos de 1998 até 2013, dos quais 88 foram de terceirizados e 38 de trabalhadores diretos da Petrobrás. Apesar do alto índice de subnotificações de acidentes, o sindicato recebeu no ano passado 1.563 CATs, o que representa uma média de quatro acidentes de trabalho por dia.

 

Ditadura e tortura nunca mais! Manifestações marcam 50 anos do golpe civil-militar

Centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, organizações populares e partidos políticos do campo da esquerda se mobilizaram ao longo dos últimos dias para relembrar as atrocidades da ditadura militar, homenagear os que resistiram e lutaram contra essa barbárie e exigir justiça e reparação. A FUP e seus sindicatos participaram das manifestações e atos políticos que marcaram esta semana os 50 anos do golpe civil-militar em diversas capitais do país. Por longos 21 anos, a ditadura violou direitos constitucionais, prendeu, torturou e matou milhares de brasileiros e brasileiras pelo país afora. Ainda hoje várias vítimas continuam desaparecidas.

A classe trabalhadora e suas organizações foram o principal alvo dos militares e das elites que apoiaram e financiaram o golpe. O operariado e os camponeses eram a base de sustentação do presidente João Goulart, deposto pelos militares, com apoio dos Estados Unidos, da mídia, dos empresários e de setores conservadores do país, em retaliação às mudanças em curso no seu governo, o qual tachavam de sindicalista. Um dos últimos decretos assinados por Jango foi a encampação das refinarias privadas de petróleo, que acabou virando o estopim para a reação das elites que apoiaram a ditadura civil-militar.

A FUP distribuiu no dia 31 de março uma edição especial do Primeira Mão sobre os 50 anos do golpe militar e seus impactos e reflexos na classe trabalhadora. A íntegra pode ser acessada na internet:www.fup.org.br/revista_50_anos_dogolpe/

 

[Acesse aqui a versão impressa]