Imprensa da FUP – A FUP e seus sindicatos estão desde o inicio da semana atuando junto a parlamentares no Senado na tentativa de barrar o PLS 131, através de mobilizações em conjunto com o Comitê de Defesa das Estatais e em reuniões de lideranças no Congresso Nacional.
A posição da FUP foi reafirmada mais uma vez com atenção voltada para os malefícios que o PLS 131 traz para o Brasil. O projeto significa a retirada da Petrobrás da operação única e da garantia de participação de no mínimo 30% de atuação nos campos do Pré-Sal.
Outros pontos foram levantados por meio das propostas dos trabalhadores, representados pela FUP: que não haja venda de ativos, que seja feita revisão da Cessão Onerosa, equacionamento da dívida da Eletrobrás, utilização das reservas internacionais brasileiras e alongamento e nacionalização da dívida.
Os prejuízos à sociedade com a redução dos investimentos da empresa como redução das atividades terrestres tem impacto no PIB e na geração de emprego e renda.
Hoje, acompanhados por Lindbergh e alguns outros senadores representantes da FUP tentam argumentar pelo voto contrário ao PLS 131 e buscam assinaturas pela retirada da urgência, o requerimento já conta com 31 assinaturas.
Todos contra o PLS 131!
“A Petrobrás tem condições de operar o Pré-Sal”, afirma Senador Roberto Requião
“A Petrobras tem condições de bancar o pré-sal e operar os 30% com seu equipamento, sem nenhum problema.” Pela lei atual, a empresa deve ser a operadora única dos campos do pré-sal, com participação de pelo menos 30% na exploração. Um projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), PLS 131/2015, retira essa exclusividade e a participação mínima. “Se entregarem o pré-sal, a Petrobras está falida”, diz o senador Roberto Requião (PMDB/PR). “Essas empresas (que ficariam com a exploração) não vão investir. As petroleiras estão em dificuldades. O que eles pretendem é se apropriar da tecnologia de águas profundas e estrategicamente manter o controle absoluto de fornecimento de petróleo.”
Para o senador, o grande endividamento da Petrobras não veio da corrupção, embora ele ressalve que “todos aqueles ladrões” devem ser presos – de “forma linear”, acrescenta, sem exclusões. Ele acredita que houve, principalmente, um “erro estratégico” de apostar no barril acima de US$ 100. Segundo Requião, o chamado Estatuto das Estatais surgiu de uma proposta dele com o objetivo de regulamentar as licitações da Petrobras, depois que nesse campo o governo Fernando Henrique Cardoso “abriu as portas para uma corrupção inimaginável”. Ele também afirma que, em todo o mundo, apenas Brasil e Estônia não tributam lucros sobre ações de empresas.
Seis motivos para barrar o projeto de Serra
1. Este é o pior momento para se vender uma grande reserva de petróleo extraído a baixo custo.
2. Sem o Pré-Sal a Petrobrás entraria em falência.
3. A Petrobrás é fundamental para a segurança estratégica do Brasil.
4. O desemprego avança no país. A Petrobrás e suas operações no Pré-Sal são de extrema importância para a retomada do desenvolvimento e para combater o desemprego.
5. A Petrobrás e o Brasil devem reservar-se o direito de propriedade, exploração e de conteúdo nacional sobre o Pré-Sal, porque foram conquistas exclusivamente brasileiras após décadas de pesado esforço tecnológico, político e humano.
6. O projeto Serra, que já era inconveniente e anti-nacional, com os baixos preços do petróleo passou a ser lesivo, um crime contra a pátria