A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) vão promover nesta quinta-feira, 16, às 10h, no bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste do RJ, a ação “Preço Justo”. Cerca de 200 botijões de gás de cozinha (13 litros) serão disponibilizados para venda, cada um R$ 50, valor que corresponde pelo menos a metade do preço praticado hoje no mercado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o gás de cozinha já acumula um aumento de 38,88%, nos últimos 12 meses, chegando a custar até R$ 135 em alguns estados.
Representantes da FUP e do Sindipetro-NF estarão presentes para, além de prestar a ajuda humanitária, explicar à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotado pela Petrobrás desde outubro de 2016, que considera o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. O impacto vai além do valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina, também afeta os preços dos alimentos, transportes e demais itens, num efeito cascata com forte impacto sobre a inflação.
“Os preços dos combustíveis estão descolados da realidade dos brasileiros, pressionados pela inflação e por essa cruel política de preços da gestão da Petrobrás. Para mudar esta realidade, basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e os custos de importação, e passar a considerar também os custos nacionais de produção. Afinal, 90% dos derivados de petróleo que a gente consome são produzidos no Brasil, em refinarias da Petrobrás”, comenta o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Para o dirigente, o país vive uma tragédia social. “E a redução de 10 centavos no valor da gasolina, anunciada na terça-feira (14), não muda nada, não fará diferença alguma na vida dos brasileiros. Essa baixa insignificante acontece depois de reajustes acumulados no ano de 60% e que fizeram da gasolina o principal item da inflação”, avalia.
A campanha “Preço Justo” também conta com a participação da ação Petroleiro Solidário – comandada por Alessandro Trindade, diretor do Sindipetro-NF –, que vem ocorrendo desde o início da pandemia e leva também cestas básicas às famílias mais necessitadas.
Vale destacar que os preços justos do gás de cozinha foram definidos a partir de estudos elaborados por técnicos e economistas, levando em consideração os preços e custos da Petrobrás e a garantia de lucratividade de empresas produtoras, distribuidoras e revendedores. O que prova que o consumidor não precisa e não deve pagar essa conta.
“A categoria petroleira combate a política de preço de paridade importação para os combustíveis desde que ela foi implementada, em 2016, uma política que pesa no bolso de toda a população, e ainda mais no bolso dos mais pobres. Por isso procuramos promover essas ações onde as pessoas mais precisam. E também onde podemos conversar com elas sobre a importância de uma Petrobrás pública e cada vez mais forte”, explicou Trindade.